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24 de junho de 2025

FALTARÁ FORRÓ NO PALCO DO “PEDRÃO”!

O ridículo cantor Belo se apresentará no oneroso “Pedrão” em Eunápolis ao custo de R$600 mil o show de 60 minutos.  O duto cujo não têm a ver com nossa festa de forró, xaxado e baião!

Faltando dois dias para a realização do “Pedrão” em Eunápolis (festa de São João sem forró), o diagnóstico é um só: está faltando respeito do prefeito com o forró na programação da sua caríssima, carnavalesca e pirotécnica festa junina.

Repercute muito na cidade, a fala do radialista Anaildo Colônia ressaltando que o prefeito Robério Oliveira (PSD), deveria “assumir logo que não é São João, que é um festival” e é isso mesmo que temos visto. Se há alguns bons anos a disputa era entre o forró raiz e o estilizado, agora a coisa fica mais complexa: grupos de sertanejo, arrocha, brega, axé e até música eletrônica está na programação da festa do “velhinho careca, barrigudo e hipócrita”!

    Em Eunápolis, o palco do “Pedrão” está cada vez mais aberto para repertórios musicais, que muito pouco ou nada têm a ver com nossa festa de São João. O problema não está nos grupos em si, mas no fato de que festas nesse formato já tem o resto do ano inteiro para fazermos. São João é só no mês de junho e a tradição do forró vem se reduzindo bastante como a gente realmente conhece, gosta e espera o ano todo.

    E, para além disso, a falta de forró se soma com a camarotização privada do evento público. O Pátio do Forró tem um “cercadinho” que dá à iniciativa privada o poder de usar o bem público e lucrar (e muito) com isso. Não tem cabimento uma festa pública ter camarote. Se é público, é para ser de todos!

    Se quisermos que O “Pedrão” continue sendo essa vitrine do forró e das tradições juninas, precisamos atuar diretamente para valorizar e dar visibilidade aos trios pé de serra, cantores, cantoras e bandas que desde sempre fizeram nossa cidade ser conhecida por promover a maior festa de Forró na Bahia – porque sem eles, o que vai ser da nossa festa?

    Não faço aqui um apelo saudosista – porque sim, as tradições mudam, se reinventam e são um reflexo do tempo -, mas as transformações se baseiam naquela raiz que é o fio condutor da história, e aqui, a raiz é o forró. Numa onda de descaracterização das festas tradicionais em nosso município, é fundamental garantir que o São João eunapolitano siga sendo como sempre deveria ser: público, acessível, com gente da nossa terra e, o mais importante, com muito forró!

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