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27 de março de 2025

“GALO QUE ACOMPANHA PATO MORRE AFOGADO”

O ditado popular título deste artigo se refere ao fato de o galo não saber nadar e o pato, sim. É usado para explicar que o incauto que acompanha as ideias de outro mais esperto pode se dar mal. Daí vem o “pagar o pato”, que é ter de arcar com as consequências por seguir opiniões de terceiros. Isto é que se imagina está ocorrendo em Ilhéus, com o prefeito Valderico Jr. se submetendo à condição de marionete do ex-prefeito Jabes Ribeiro!

    Na cidade sulbaiana de Ilhéus, aconteceu uma tragédia que virou assunto em todas as rodas de conversa da região. O protagonista da história, um galo chamado Valderico, famoso por sua ousadia e espírito de aventura, teve um desfecho digno de tragédia shakespeariana ou, como diriam os mais sábios do lugar, “quem não conhece o próprio limite acaba sendo apresentado a ele da pior forma”.

    Tudo começou quando Valderico decidiu que ser apenas um galo de terreiro não era suficiente. Ele queria mais. Inspirado pelos longos e despreocupados passeios do pato Jabes pelo lago da fazenda, o galo passou a seguir o amigo aquático em suas jornadas molhadas. Os dois formaram uma dupla improvável, mas inseparável. Jabes, sempre calmo, parecia gostar da companhia; já Valderico, inquieto e cheio de energia, não hesitava em testar suas habilidades na água, mesmo sendo, por natureza, péssimo nadador.

    Por semanas, a dupla era vista passeando à beira do lago. O pato, elegante, deslizava sobre a água como um barquinho; o galo, desajeitado, ficava nas margens, batendo as asas como se um dia pudesse voar ou flutuar. “Não há limite para o que se pode alcançar”, cacarejava o teimoso Valderico, ecoando alguma filosofia que os moradores associavam mais a sua audácia do que a qualquer livro que ele nunca leu.

    O problema é que o lago tinha suas armadilhas, especialmente após as chuvas. Com o nível da água mais alto e as correntezas mais fortes, Jabes parecia deslizar ainda mais rápido. E foi em uma dessas manhãs ensolaradas, com a natureza em festa, que Valderico decidiu que era hora de desafiar o impossível: mergulhar de vez e seguir Jabes até o centro do lago.

    Os galos do terreiro, que acompanhavam o galo com olhares preocupados, cacarejavam em coro: “Isso vai dar ruim!” Mas Valderico, com sua crista vermelha erguida como uma coroa de coragem, ignorou os avisos. Ele deu um salto desengonçado e caiu na água com um “plof” que ecoou por todo o lago. O pato Jabes, inicialmente surpreso, olhou para trás e fez um grasnado de incentivo. Ou, quem sabe, um alerta?

    A princípio, Valderico parecia estar indo bem ou, pelo menos, não afundava tão rápido. Mas logo a realidade bateu. As asas que o ajudavam a se exibir no terreiro eram inúteis na água. O esforço para acompanhar Jabes era visível e, enquanto o pato deslizava com naturalidade, Valderico afundava um pouco mais a cada batida desengonçada de suas asas.

    A tragédia não demorou a acontecer. Entre uma onda e outra, o galo desapareceu. Jabes, percebendo a ausência do amigo, voltou para as margens, grasnando em desespero. Os galos, que assistiam a cena horrorizados, cacarejaram, cacarejaram e cacarejaram. E assim, o galo que ousou demais terminou seus dias como um exemplo de que a natureza tem suas próprias regras e de que nem todo espírito aventureiro é feito para navegar. Obs. Ficção criada para estimular sua reflexão, nada mais!

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