O descompasso
entre as promessas e a realidade, resulta em impopularidade e próximas perdas
eleitorais!
Todos sabem que a conquista de um mandato político obtido por meio do voto é uma verdadeira guerra e que só pode entrar nessa batalha quem tiver perfil próprio para tal, ou, em outras palavras, quem tem jogo de cintura. Além disso, como nos disse certa vez um destacado político, ele não pode ser ingênuo. Do contrário, entrar nessa briga só leva chumbo e do grosso!
Já tivemos a
oportunidade de afirmar aqui mesmo neste nosso blog, que a lógica na política é
a falta de lógica. Lógica no sentido próprio da palavra, como forma de argumentação
válida e não falaciosa. É certamente a partir daí que podemos compreender a
afirmação de que o político faz acordo com Deus e com o Diabo, em nome,
sobretudo, da governabilidade. Política como arte de negociação da boa
governabilidade. É a arte que só o político entende e, se não entender, as
consequências são por todos conhecidas!
Uma
coisa é fazer acordos políticos para governar bem. Outra, e bem diferente, é
fazer promessas, muitas vezes até milagrosas, para conquistar o voto do eleitor
e depois não cumprir nem mesmos as viáveis, o que não deixa de ser um
“estelionato eleitoral”, como se tem afirmado e divulgado pela imprensa. E o
eleitor, como diziam nossos ancestrais portugueses, “fica a ver navios”. Não se
pode negar que o eleitor também tem culpa nesse contexto. Mesmo porque quando
“a promessa é grande, o santo desconfia” ou deveria desconfiar.
Uma coisa é o
candidato trazer a público seu plano de governo e de onde sairão as receitas
para executá-lo, o que é seu dever, como futuro gestor da coisa pública. Outra
coisa diametralmente oposta é fazer promessas inviáveis, para conquistar o voto
do eleitor e depois... Apenas como exemplo, não privatizar hospital da
Prefeitura. Utilizar-se do microfone, com boa locução e com palavras bonitas,
para fazer promessas que sabe que não vão ser cumpridas, não deixa de ser uma
forma de “estelionato eleitoral” ou de desrespeito ao consumidor, que é, não só
o eleitor, como a sociedade em geral.
Não
há dúvida de que a democracia (forma de governo exercida pelo povo) é o melhor
caminho. Entretanto, o mandatário que recebe essa incumbência deve estar
consciente de que deve cumprir as promessas de campanha, sobretudo aquelas que
atendem aos anseios da sociedade e que ensejaram a sua escolha pelo eleitor.
Com efeito,
apenas como exemplo, as notícias que se têm veiculado pelas redes sociais de
que em alguns bairros de Eunápolis estão sem recolhimento do lixo e entulhos e
que p assédio moral têm sido prática contumaz nas repartições da Prefeitura, são
indicativos, entre outros, de que as promessas de campanha não estão sendo
cumpridas.
A democracia é uma via de duas mãos. O eleitor, assim como elege alguém para ser o seu representante na gestão da coisa pública, pode e deve também cobrar o cumprimento das suas promessas e até, por meio das vias competentes, deselegê-lo. Daí a necessidade de se aprovar na reforma política o denominado “recall político”.
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