O médico Isaac Nery tentou ser deputado federal e prefeito de Itabuna. E não conseguiu êxito nessas suas pretensões. Ninguém melhor que ele hoje, para saber as dificuldades de atingir o objetivo de ser eleito prefeito: custa muito esforço, contingentes de muitos militantes, cabos eleitorais e exigem coligações com partidos, cujos custos não são compatíveis com quem não tem milhões de reais disponíveis, para bancar a cobiça de seus dirigentes locais e estaduais.
Para as
próximas eleições, as dificuldades para conquistar uma vaga para o congresso
nacional, tem o agravante de reeleições invencíveis, inevitáveis e insuperáveis
de 30 a 34 dos atuais deputados federais em vigência de mandatos. São parlamentares
que somente a morte, a Justiça, ou a invalidez tiram eles das suas cadeiras
cativas em Brasília. Portanto, mais de 300 candidatos acabam disputando apenas
3 a 5 vagas, das 39 disponíveis na Bahia.
Para a
disputa por uma das 63 vagas na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), a concorrência
deverá acontecer de uma cadeira por sessenta postulantes. Em média 650 a 750 pessoas
se inscrevem como candidatas, para o limite máximo de 63 mandatos na Alba.
Embora os custos não sejam tão exorbitantes quanto o exigido para a candidatura
de deputado federal, os investimentos de uma campanha estadual são superiores a
dois milhões de reais.
Estes fatos estão condicionando Isaac Nery preferir atender os conselhos de amigos, para concorrer a uma vaga de deputado estadual. E ele parece compreender as circunstâncias e suas complexidades e sobretudo, o fato de que é desmotivador e exaustivo acumular derrotas. Para se tornar competitivo e efetivamente conquistar seu primeiro mandato eletivo, Isaac terá que se filiar a um partido sem “cartas marcadas” daqueles que são invencíveis e contar com financiamento de uma boa parceria com candidato a federal.
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