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24 de janeiro de 2025

QUEM É MAIS ENGANADOR ENTRE O ELEITOR E O VEREADOR?

Quem foi eleito vereador com um mil votos, teve que pagar, ou fazer favores múltiplos, para mais de cinco mil pessoas e mal obteve quinhentos votos, entre os mais de cinco mil eleitores que dizem que votaram nele.

    Existem indagações que são tão difíceis de terem respostas exatas e são tão complexas quanto aquela que causa dúvida sobre “quem nasceu primeiro entre o ovo e a galinha”?! Isto também é o que ocorre na política, quando o assunto é enganação. Sobretudo, quando envolve eleitor e vereador. O desfecho não está depois do sujeito ser eleito e sim no “jogo de rato e gato”, no contexto de quem vai votar e do votável!

    Para melhor barganhar o preço do seu título de eleitor, o espertalhão garante possuir muitos votos e os dará para o candidato que o beneficiar com cesta básica, gás de cozinha, pagamentos de conta de água, energia e bar; que conseguir consultas e exames médicos; que cancelar sua multa de trânsito; que o ajudar em pendências judiciais, ou policiais e que o doar “Lobo Guará” – cédula de duzentos reais!

    Depois de ser usado, abusado e eleito, gastando o “olho da cara” (alguns são eleitos, ou reeleitos, ao custo de mais de 500 mil reais), o sujeito começa a receber pedidos e exigências em forma de nomeações para cargos comissionados na Câmara, ou na Prefeitura. Os financiadores da campanha quererão contratos com aditivos e os familiares e amigos, apelarão para a chantagem emocional, com objetivo de serem transformados em “fantasmas” em órgãos governamentais.

    O vereador depois de eleito com um mil votos, se deparará com mais de cinco mil eleitores nos primeiros dez dias de confirmada sua vitória, garantindo que eles e seus familiares ajudaram com dezenas de votos. Cada eleitor jurará de pés juntos e dedos descruzados, que foi ele e seus parentes, que fizeram o vereador ser eleito. E a recompensa só se dará com cargos e contratos públicos.

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