O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a comentar o inquérito da Polícia Federal no qual foi indiciado e que apura a tentativa da execução de um golpe de Estado no Brasil. Em uma live com o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, Bolsonaro classificou as investigações como “chifre em cabeça de cavalo”.
“Uma coisa absurda essa história do golpe. Vai dar golpe com um general da reserva e quatro oficiais superiores? Pelo amor de Deus. Quem estava coordenando isso? Cadê a tropa? Cadê as Forças Armadas? Não fique botando chifre em cabeça de cavalo”, disse. “Golpe agora não se dá mais com tanque agora, se dá com táxi. E parece que o sequestro não saiu porque não tinha táxi na hora. É uma piada essa PF do Alexandre de Moraes.”
Bolsonaro também criticou a prisão de um general
reformado e três kids pretos, como são chamados os integrantes das Forças
Especiais do Exército. Como noticiamos, eles são suspeitos de planejarem um
golpe de Estado e os assassinatos do presidente Lula, do vice-presidente
Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
“Esses que estão sendo presos injustamente agora, de
forma preventiva Não encontra um só respaldo da lei que fala da preventiva para
prender esses quatro oficiais”, afirmou Bolsonaro. PF indicia Bolsonaro - Na
última quinta-feira, 21, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL) e ex-integrantes de seu governo no inquérito que apura a
tentativa da execução de um golpe de Estado no Brasil.
O ex-presidente da República foi indiciado pelos crimes
de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e
golpe de Estado. Além dele, também foram indiciados ex-integrantes do Poder
Executivo, os ex-ministros Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Anderson
Torres, o deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Informações
(Abin), Alexandre Ramagem, e o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da
Costa Neto.
Segundo a PF, oficiais das Forças Armadas, assessores palacianos e ex-ministros de Estado, sob a coordenação de Jair Bolsonaro, participaram de reuniões em que se discutiu a possibilidade de se instituir um golpe de Estado. Para a PF, o plano somente não foi concretizado porque não houve o aval dos então comandantes do Exército, o general Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior.
O então comandante da Marinha Almir Garnier Santos, do outro lado, deu aval à trama golpista. O ex-presidente da República negou, em várias oportunidades, ter tramado um golpe de Estado.
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