A dica de Emenson para Valderico, é que devemos ter uma boa memória para sermos capazes de cumprir as promessas que fazemos.
“Repare como é belo, vê nosso povo lindo! Repare que é o maior prazer, bom pra mim, bom pra você. Estou de olho aberto! Olha, moço, fique esperto, que eu não sou menino!” Citando Lazzo Matumbi começo esse editorial que vem indagar sobre as reais condições do prefeito recém-eleito, Valderico Júnior, conseguir atender e cumprir tudo o que foi prometido nos tempos de campanha e atualmente, como na ‘Carta aberta à população ilheense’, publicada em suas redes sociais, na última semana.
Trazendo algumas promessas das campanhas, mas nos
concentrando na carta aberta de Júnior, me veio o questionamento de como? Como
que o novo governo vai tornar Ilhéus um lugar “mais justo, mais próspero e
cheio de oportunidades para todos”? Como?
O tom da carta é de esperança, de busca por tempos
melhores e longe de mim torcer contra isso. Como já disse no último editorial,
sou ilheense, amo minha terra e quero muito essa tal prosperidade. Agora, é
muito complicado sair garantindo situações sem sentir o peso da
responsabilidade, sem entender a máquina e mais, enfrentando a oposição dos
governos do estado e do federal.
Ilhéus aguarda ansiosa a passagem do bastão, que vai
acontecer só em 01 de janeiro de 2025. Ansiosa para saber se a “camisa vai pesar”,
se o time será capaz – alguns nomes que pairam nas rodas dos entendidos de
política me causam certo temor, viu? Se o “oba oba” vai ser o clima do governo
ou, a tal renovação realmente virá. “Zanzei zonzo” de tantas promessas, que
resolvi parar para ter essa conversa com você. São narrativas ou existe a
possibilidade de avançar? Precisamos lembrar que Ilhéus cresceu muito nos
últimos anos. Muitas mazelas foram resolvidas, porém, enquanto organismo vivo,
outras tantas continuaram e vão continuar surgindo a todo momento. Sempre terá
mais o que se fazer em um município e apontar as falhas é muito mais fácil e
prazeroso. O prefeito eleito estava justamente nesse posto, de apontador de
dedos. Aí, retomo as minhas indagações. Como ele vai lidar estando agora, na
vitrine?
Não quero aqui, de forma alguma, torcer contra ou acusar
ninguém de bravatas, mas, como sempre neste texto, voltando a citar Lazzo,
“Olha, moço, fique esperto, que eu não sou menino…” esse é o povo de Ilhéus,
que já ouviu tanto e, como as urnas nos trouxe, quer essa renovação prometida.
A carta aberta é um gesto de esperança para o povo de
Ilhéus, mas que essa esperança não seja a da espera e sim a do esperançar-se.
Como nos explica Mário Sérgio Cortella, que diz que a esperança é uma ação, uma
busca, um compromisso e não apenas uma espera. “É preciso ter esperança, mas
tem de ser esperança do verbo “esperançar”, porque tem gente que tem esperança
do verbo “esperar”, e essa não é esperança, é pura espera. Ah, eu espero que dê
certo, eu espero que funcione, eu espero que aconteça... Isso, repita-se, não é
esperança, mas um mero aguardar passivo. Esperançar é ir atrás, é se juntar, é
não desistir; esperançar é procurar em nós e à nossa volta as sementes que urge
exterminar, de forma a limpar terreno para proteger o Futuro e acolher a Vida
com mais plenitude”, diz o filósofo.
O ilheense tem esperança, eu tenho esperança, mas também
precisamos entender o “como” que essa esperança vai sair de uma mera espera,
para uma construção de futuro?
“Repare como é belo, vê nosso povo lindo! Repare que é o maior prazer, bom pra mim, bom pra você. Estou de olho aberto! Olha, moço, fique esperto, que eu não sou menino!” Por Emenson Silva
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