Inicialmente, quero ressaltar que sou fã do cantor Fabrício Pancadinha. Confesso que me empolguei bastante ao vê-lo se apresentar no carnaval soterapolitano. Sua história de resiliência e conduta, são exemplo e orgulho para nossa juventude. Mas, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa: não dá para crer que ser excepcional cantor, significa está qualificado para ser um bom prefeito.
Pancadinha demonstrou inabilidade como vereador, quando presidiu a Comissão de Educação na Câmara Municipal e nunca participou de uma sua só reunião e como deputado estadual, tem administrado muito mal seus recursos advindos de mais de dois milhões de reais das emendas parlamentares impositivas, pois suas aplicações são quase que na totalidade, usadas e abusadas em realizações de festas para biriteiros, regueiros e quengueiros!
Sob condição de vereador e posteriormente deputado estadual, Pancadinha é referência de show pirotécnico desnecessário, despretensãode serventia institucional e bisonhice funcional. Como cantor acabou com a banda Tsunami e não prosperou em sua carreira solo (Bell Marques saiu da banda Chiclete sem a destruir e se manteve no topo do sucesso do show business). Bell nunca quis se meter em política, porque, diferetemente de Pancadinha, sabe discernir o termo "cada qual em seu quadrado"!
Para ser prefeito de um município com mais de 250 mil habitantes, o político tem que ter muito mais habilidade, que simplesmente conseguir ser o prefeiturável mais votado. Gestão pública requer política e técnica, bons relacionamentos institucionais, sinergia com o Poder Legislativo e influência em instâncias dos poderes, que resultem em recursos advindos de fundos perdidos e emendas parlamentares impositivas.
Para ser prefeito que corresponda à expectativa de uma boa administração, não basta ser simpático, carismático e "pocador de urna"; é necessário contar com benevolência de deputados estaduais e federais, senadores; ser assessorado por técnicos em elaboração de projetos e captação de recursos. E ter capacidade para integrar a sociedade no compartilhamento de gestão pública.
O município é onde vive o cidadão, onde a vida se concretiza. Sua dinâmica é a da sociedade. Seu crescimento implica a promoção do bem-estar do indivíduo, a finalidade precípua da democracia. O município assume crescente caráter de centralidade na vida pública, e é hoje parceiro preferencial na execução de programas e ações em nível estadual e federal... não é palco para patacoadas!
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