Existem vacas sagradas e tantas que na Índia, elas são tratadas como animais domésticos e divindades dos céus; há também as vacas que não dão leite e as que são da elite. As vacas burguesas vivem em palacetes, não comem capins e nem bebe água de poças enlameadas. Essas nunca experimentaram o dissabor das intepéries climáticas e sempre tiveram maquiagens e holofotes, que dissimularam seus rugas sexagenárias.
Nossa cidade conhece a história de uma vaca, que vagava de um canto a outro, entrando e saindo de onde não conseguia se firmar. E pra trás sempre deixava um rastro de complicações e problemas de difíceis soluções, para quem a sucedia. Essa é uma vaca letrada e desleitada; parasita, astuciosa e com patadas que deixam perplexas e tordoadas, jumentos e burros, que acreditam em suas promessas de voar e passar pelo buraco de uma agulha!
Nosso povo sabe que vaca não voa; nunca foi vista em suas ruas de periferia; jamais fez e falou algo que pudesse acalentar quem necessitava do leite, que nela era o que mais abundava. Vaca bruguesa esbraveja zelar pelo rebanho, mas se enoja do gueto, tem ojeriza de olhos remelados, narizes encantarados e bocas desdentadas com mal hálito! Vaca que desfila, ostenta glamour e não sabe "pisar em ovos", acaba estabacando num buracdo de uma chão que não a pertence!
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