Por que essas apropriações violentas não chegam nas extensas avenidas e gigantescos edifícios das grandes cidades? Por que as intermináveis áreas de aeroportos, shopping Centers, condomínios de luxo, parques florestais e balneários também não são tomados à força por nossa gente orignária?
Por que devemos aceitar que elos perdidos, ou usurpados há mais de cinco séculos, devam penalizar famílias herdeiras e cuidadoras de terras privadas? Por que não regularizar ocupações de imóveis rurais e demarcar o que realmente sejam terras indigenas, ou não?
Por que o marco temporal ameaça a sobrevivência de muitas comunidades indígenas e de florestas e provoca complicações jurídicas, com muitos conflitos em áreas já pacificadas, por provocar a revisão de reservas já demarcadas, sem que nossas autoridades assumam suas responsabilidades para evitarem iminente violência?
Por que os governos fingem desconhecer a vulnerabilidade e realidade dramática a que este problema está submetido no país e a classe política apenas usa a questão para defenderem seus interesses ideológicos, políticos e inconfessáveis?
Parafraseando Raul Seixas "Eu é que não me sento no trono de um apartamento, com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar. Porque longe das cercas embandeiradas, que separam quintais, no cume calmo do meu olho que vê assenta a sombra sonora dum disco voador"!
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