A vida política tem sido a grande fomentadora do nosso enriquecimento vocabular. A despeito da ausência de grandes tribunos e da sucessão de vexames e escândalos, fabricamos e disponibilizamos na linguagem corrente um número cada vez maior de arcaísmos e neologismos. Para a vergonha dos moralistas e euforia dos linguistas.
O verbo "lixar" (polir, desbastar) que segundo os etimologistas foi incorporado ao idioma português no século 15, ganhou no Brasil conotação menos restrita. Lixar-se, significa não se incomodar, não ligar, mas na boca de um ilustre membro da Câmara Municipal, lixar-se e, sobretudo, lixar-se para a opinião pública converteu-se em grave infração, atentado ao sistema representativo.
O jornalista Paulo Lima, em boa hora resgatou do baú das velharias idiomáticas um precioso verbo e o seu respectivo substantivo, "tapear" e "tapeação", muito apropriados a estes tempos de factoides, mistificações publicitárias e promessas enganosas. Fazem parte do rico manancial de regionalismos brasileiros, significam contornar, mas também blefar, embromar.
Transparência é a palavra-chave. Com ela não se brinca, ela não se presta a relativizações. Conceito indiscutível: coisas, atos e pessoas ou são transparentes ou opacas. Quando uma entidade ou autoridade compromete-se com a transparência não há como tergiversar.
Tapeação ou embromação, não importa o termo, a verdade é que o ex-prefeito Robério Oliveira está arquitetando um plano para enganar a população eunapolitana, que consiste em por como seu candidato a vice-prefeito, alguém que seja seu clone e assim tê-lo como seu substituto em seu previsto impedimento de registrar candidatura.
Robério fará campanha como prefeiturável, sabendo que está e permanecerá inelegível e isto acontecerá até o último dia possível, em decorrência dos seus pedidos de liminares, que não terão como ser concedidos em função ds suas condenações o impedirem de apresentar documentos que terão que comprovar um contraditório contra a própria justiça, que o tornou impossibilitado de ser candidato.
Ao sair do páreo, por condenação em corrupção e formação de quadrilha (nem poder ter entrado), Robério será substituído por seu escudeiro Valdiram Marques, que terá sua vice ocupada pela filha de Robério, Larissa Oliveira. Assim o "Papai" pretende voltar a comandar os cofres do "Um bilhão eu fico"!
Tudo isto planejado, mas não combinado com o eleitorado, que é quem decidirá se Eunápolis voltará a um passado de mazelas prejudiciais aos eunapolitanos, ou defestrará de uma vez por todas, toda quadrilha de corruptos dos Fraternos! Teremos essa resposta através das urnas eleitorais, no início do próximo mês de outubro.
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