Houve um tempo no qual os homens tinham somente uma cara e uma só palavra. Esses tempos já não existem e a canalhice prevalece, principalmente, nas relações entre eleitores e candidatos. Não posso aceitar as duas caras dos políticos, sobretudo dos nossos exemplos execráveis de homens públicos, verdadeiros abutres da generosidade e boa vontade da sociedade e inimigos da decência, seriedade e honestidade na aplicação do dinheiro público.
Mas também não podemos deixar de ressaltar, a vigarice da maioria dos eleitores. Uns são consequências dos outros. Existem os políticos ruins, porque compram votos de eleitores piores, ou tão ruins quanto eles. Chegamos, infelizmente, a um fato concreto: os políticos, via de regra, têm duas ou mais caras e não merecem a nossa confiança.
Mas é bom que não esqueçamos, que eles são consequências de causas de peleguismo de quem os elegem. Mesmo os eleitores venais acabam sofrendo os efeitos do mercantilismo de uma eleição. Eles são tratados como reis na campanha e depois são desdenhados pelos políticos eleitos com seus envolvimentos pagos nas candidaturas.
Os políticos ruins tratam bem o povo, somente quando precisam de apoios e votos. Depois de eleitos, diplomados e empossados, somem e ainda dizem que não devem nada pra ninguém, pois já pagaram pelo voto. Basta ver o que acontece no interior da Bahia e saber a causa de muitas pessoas estarem reclamando da maioria dos deputados, senadores e do próprio governador.
As insatisfações nunca são relacionadas aos problemas de gestão e sim de amnésia e bolsos vazios deles!
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