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8 de abril de 2023

O POVO ENTRE O PEIXE E A VARA

O governante pode dar peixe a um pobre, mas falta dar o trabalho para que ele se possa sustentar!

O debate sobre o combate à pobreza às vezes cai na controvérsia entre "dar o peixe" ou "ensinar a pescar". Na verdade, o que deve acontecer é uma combinação das duas coisas. Defendo esse benefício com exigências de ações e capacitações, que possam resultar em famílias que não voltem a necesitar desse tipo de "ajuda"!

A distribuição de peixes pelas prefeituras, pura e simples, ganhou espaço nos últimos tempos com prefeitos usando esse assistencialismo quase que coagidos por uma população carente, mas acostumada a se beneficiar de políticas públicas supérfluas e inúteis para melhorar a qualidade de suas vidas.

A evidência mostra que a doação de peixes, cestas básicas e coisas que as equivalham, causa o oposto das ações que devem tirar as pessoas da dependência das "migalhas" governamentais. As pessoas não só continuam a ter um nível menor de renda, mas também parecem estar trabalhando mais e não menos do que estariam sem elas.

Sou adepto do ditado que diz: “é melhor ensinar a pescar do que dar o peixe” quando se quer ajudar ao próximo. Mas devemos atentar que nem sempre poderá ser assim, pois, às vezes, precisa-se dar primeiro o peixe para que o ser humano carente não morra de fome antes de conseguir aprender a pescar.

“Dê ao homem um peixe e ele se alimentará por um dia. Ensine um homem a pescar e ele se alimentará por toda a vida.” Este antigo provérbio chinês continua trazendo a mensagem intrínseca e figurada com relação à necessidade do desenvolvimento contínuo e sistemático das pessoas.

No meu entendimento, qualquer auxílio governamental deveria está associado às questões de capacitação profissional, escolar, cooperativismo, ou associativismo, pois o desafio, um pouco distinto daquele preconizado pelo provérbio chinês, é a obtenção do equilíbrio de forças voltadas ao se “dar o peixe” e ao se “ensinar a pescar”.

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