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10 de abril de 2023

BENJAMIN FERENCZ, ÚLTIMO PROMOTOR DO TRIBUNAL DE NUREMBERG, MORRE AOS 103 ANOS

Ferencz, que tinha 27 anos na época, era o último remanescente dos promotores que estiveram em Nuremberg.

O advogado Benjamin Ferencz, que participou do tribunal de Nuremberg, morreu na sexta-feira (7) aos 103 anos, no estado da Flórida, Estados Unidos. Ele ficou conhecido por ter atuado no julgamento que, na segunda metade da década de 1940, condenou líderes do regime nazista alemão. Alguns foram sentenciados à morte.

O advogado nasceu na Transilvânia, que hoje faz parte da Romênia, mas imigrou ainda criança para os Estados Unidos. Até ir para a escola nos EUA, ele não falava inglês, só iídiche, língua derivada do alemão e falada por judeus europeus — o idioma também era muito falado em bairros de cidades como Nova York.

Ferencz foi a primeira pessoa da família a fazer ensino superior: formou-se em direito em Harvard. Especializado em crimes de guerra, alistou-se no Exército no meio da Segunda Guerra Mundial, mas não chegou a ir para a zona de combate, pois rapidamente acabou nomeado para a unidade responsável por reunir evidências dos crimes dos nazistas. Segundo o jornal “Washington Post”, o advogado visitou diversos campos de concentração nazista.

Ferencz em Nuremberg - Depois da guerra, Ferencz voltou aos EUA e passou a atuar como advogado civil que respondia ao general Telford Taylor, o promotor chefe dos EUA em Nuremberg. Os principais dirigentes nazistas já tinham sido condenados quando Ferencz começou a atuar no tribunal.

Nessa fase, foram processados: Médicos nazistas que fizeram experimentos em prisioneiros de campos de concentração; empresários que usaram prisioneiros de campos de concentração como escravos e um grupo paramilitar de nazistas que matava civis, principalmente com tiros, chamado Einsatzgruppen.

Ferencz foi o responsável por processar esse último grupo. Esse esquadrão da morte nazista viajava para diferentes cidades e matava civis em cada local. Em Kiev, na Ucrânia, esse grupo matou cerca de 34 mil judeus. Os pesquisadores conseguiram encontrar documentação do Einsatzgruppen, chamado por Ferencz chamou de recibos de assassinatos. Por G1.

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