Crimes hediondos em escolas e creches tem chocado o país: são crimes bárbaros que se somam a um inesgotável histórico de violência nacional, que tem como um de seus marcos o fato de termos sido o último país a abolir a escravidão no ocidente. Buling, racismo, preconceitos teriam contribuído para a tragédia. Paralelamente, as autoridades de segurança pública constataram que urdiam-se no submundo das redes sociais outras ameaças de violência em escolas paulistas.
Ao contrário do pensamento de que o homem nasce bom e a sociedade o corrompe, creio que por trás de cada homem existe um animal violento, que só é controlado pelas contenções sociais do Estado. A violência - tão frequente entre nós e que nos traz grande insegurança, vítimas fatais e enormes prejuízos econômicos, deve ter a responsabilidade do Estado em combatê-la.
É infrutífera a proposta de solucionar a violência nas escolas públicas com policiais armados, mas urge a necessidade de expandir e ampliar programas de saúde mental de crianças e adolescentes; ensino e extensão nas escolas para uma cultura de paz e contra o bullying, envolvendo pais, professores, alunos e comunidade; apoio psicossocial para estudantes, professores, pais e a comunidade e monitoramento por inteligência policial preventiva de discursos de ódio na internet.
Tornar as escolas mais seguras é possível e urgente, mas requer políticas de paz e não cassetete. Paralelamente, existe a necessidade premente de se debater com absoluta transparência o que se pode fazer, dentro dos limites da Lei, para reduzir os imensos danos que a sociedade sofre com os horrores semeados no submundo das redes sociais.
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