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12 de novembro de 2022

OS BALCÕES DE COMÉRCIO DAS ELEIÇÕES

Um dos graves e grandes problemas das eleições, são os cifrões que decidem quem vence e quem é derrotado!

Com representantes de 23 partidos políticos presentes no nosso Congresso Nacional, o recente eleito presidente Lula e os governadores estaduais, vêem-se obrigado a fazer toda sorte de negociatas, do contrário não conseguirá compor as maiorias que precisam para aprovar seus recorrentes projetos, no caso, 257 votos, e menos ainda para aprovar as emendas a nossa constituição, cuja aprovação depende de 308 votos na câmara dos Deputados e 54 votos no Senado.

O mesmo acontece com os governadores e suas respectivas Assembléias Legislativas. Portanto, antes mesmo de suas posses os futuros governantes terão que fazer negociatas, seguindo os mesmos critérios: a divisão do poder em troca dos votos, o chamado toma-lá-dá-ca. É a tal corrupção na veia. Quem pensa ao contrário naturaliza a corrupção.  

A existência de dezenas de partidos com representação parlamentar n Congresso Nacional, é o que se pode denominar de uma verdadeira farofada. Com o fundo partidário e fundo eleitoral foram destinados mais de R$-5 bilhões para financiar campanhas eleitorais. Detalhe: a divisão de toda esta dinheirama teve como base a quantidade de deputados federais eleitos em 2018.     

De uma coisa tenhamos a mais absoluta certeza: quem se elegeu nas últimas eleições passará a fazer parte de um esquema naturalmente corrupto. Portanto terá dificuldades para não se tornar cúmplice do mesmo.

Verdade seja dita: nossos partidos políticos funcionam com propósitos mercantis, nos quais, o lucro é um dos seus principais objetivos. Somos sim, uma democracia mercantilizada, na qual, os partidos valem tanto quanto pesam, ou seja, quanto maior for sua bancada no Congresso Nacional, maior será o seu preço para fechar suas negociatas. Disposição não lhes falta.    

Sem uma radical reforma político, partidária e eleitoral, essa bagunça não terá fim. Nas eleições 2020 o fim das coligações proporcional foi das mais providenciais decisões, entretanto nas eleições deste ano foi dada uma marcha-ré quando do estabelecimento da tal federação de partidos.

Não se combate a corrupção cometendo arbitrariedades, conforme pretendeu o ex-juiz Sérgio Moro, tampouco mantendo um sistema político que permita que as nossas Cassas Parlamentares sejam compostas com representantes de dezenas de partidos. O exemplo precisa vir de cima, caso contrário, a corrupção no nosso país só tenderá a se alastrar e com Lula no poder então!

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