O presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu, nesta terça-feira (6), seu ex-aliado e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro (União Brasil), após ele ser alvo de um mandado de busca e apreensão por causa da formatação de seu material de campanha. Embora tenha reforçado suas divergências com o candidato ao Senado pelo Paraná, o chefe do Executivo classificou como “agressão” e “covardia” a operação realizada contra ele. – Não tenho nada para defender Moro, tenho péssimas recordações enquanto ministro meu que poderia ter feito muita coisa, não fez, mas esse fato de ir na casa do Moro, que fosse outro local até comitê, escritório político dele, é uma agressão. Por causa de tamanho de letra? Faz por escrito. Uma covardia que fizeram com o ex-ministro Moro – ponderou.
A fala ocorreu
durante entrevista de Bolsonaro à Jovem Pan. Na ocasião, ele voltou a destacar
que Moro o decepcionou e atribuiu o caso à influência de “amizades”. – Sérgio
Moro tinha tudo para ser um excelente político, trazia uma bagagem muito grande
lá atrás da Lava Jato, tinha tudo, talvez ser meu vice, em 2026 candidato a
presidente. Algo subiu à cabeça dele, as amizades que ele cultivou ao longo
desse tempo dele de ministro levou a isso – prosseguiu.
Na sequência, o
presidente criticou a proximidade do ex-juiz e do ex-governador de São Paulo,
João Doria (PSDB), que também é hoje um ex-aliado. – Fiquei sabendo que era
comum ele visitar o Dória em São Paulo, nunca reportou nada para mim, você não
deve satisfação, não deve, mas por que não? A gente escolhe as pessoas
bem-intencionado, depois cada um resolve seguir o seu ego. Aí acaba nisso daí –
apontou.
ENTENDA - No
último sábado (3), Moro teve o material apreendido após determinação da juíza
auxiliar Melissa Olivas, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. Na decisão,
ela atendeu a um pedido da Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV), que
afirmava que o tamanho dos nomes dos suplentes de Moro descumpria a regra de
ser, no mínimo, 30% do que é destinado ao titular da chapa.
Luiz Eduardo
Peccinin, advogado do PT, reclamou à Justiça que as redes sociais de Moro
também têm veiculado propaganda irregular. Por causa disso, a Justiça
determinou a exclusão de todos os vídeos do canal de Sérgio Moro no YouTube.
Inclusive, os que mencionam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e
contêm críticas ao petista. Mais de 300 links das redes sociais tiveram de ser
removidos.
Na tarde em questão, Moro se manifestou nas redes sociais, não poupando críticas ao PT. – Hoje, o PT mostrou a “democracia” que pretende instaurar no país, promovendo uma diligência abusiva em minha residência e sensacionalismo na divulgação da matéria. O crime? Imprimir santinhos com letras dos nomes dos suplentes supostamente menores do que o devido – escreveu. (Pleno News).
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