Na natureza encontramos os mais diversos exemplos de valor à vida, numa dança sem fim de elementos, simples ou complexos, que atendendo a um propósito específico, dedicam o significado de sua existência para o bem-estar do meio ambiente e dos demais seres que nele habitam.
Tudo na natureza tem um propósito e se assim não fosse não haveria vida. A metáfora da lagarta, que após um processo de metamorfose se torna borboleta, exemplifica bem este tema.
É difícil conceber que a fragilidade de uma lagarta e de sua total dependência do meio ambiente, em algum tempo, se transforma em uma borboleta, que além de bela tem o propósito de polinizar as flores e espalhar vida pela natureza. A lagarta não tem dúvida do que ela irá se tornar, simplesmente deixa a sua essência fluir.
Se tudo tem um propósito na natureza, porque a maioria dos seres humanos não consegue realizar o seu? A pergunta é pertinente e sua resposta exige reflexão. O fato do ser humano ser infinitamente mais complexo que a lagarta invalida qualquer possibilidade de comparação. No entanto, a lagarta continua cumprindo o seu propósito e a maioria dos seres humanos não.
A metamorfose das borboletas é um evento fantástico que nos mostra como um animal pode ser diferente nas suas fases de vida. Quando falamos em metamorfose, estamos dizendo que esses animais sofrem mudanças em seu corpo até se tornarem adultos.
Para a lagarta se transformar em borboleta, ela passa por uma mudança anatômica (transformação em sua forma e na estrutura do seu corpo). Justo quando a lagarta pensou que o mundo tinha acabado, ela virou uma linda borboleta. Evoluir não é melhorar. A lagarta jura que a borboleta é a sua decadência. Admirar a borboleta é fácil, difícil é encontrar a mesma beleza em uma lagarta.
Sejamos parecidos com as borboletas que seguem em direção da luz, que cada um de nós saiba abandonar antigos casulos, de um passado que só nos ensinou coisas boas ou não. Que de agora em diante, voemos em direção ao brilho da vida. Cada dia ao acordarmos, inicia-se de forma exuberante
Porque pior que não fazer nada sobre o que imaginamos ter sido traçado para nossa existência humana, é nos restringirmos ao cárcere de um casulo, ou deixarmos de evoluir da condição de lagarta a borboleta, para deixarmos de ser borboletas, para voltarmos a ser lagartas!
Isto nos fará carregar sobre os ombros, tudo o que mais houver de pior no mundo e nos submeterá ao vexame de sermos na vida, apenas um reles e insignificante condutor de latrinas!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.