Difícil aprender a lidar com as perdas. O ser humano, com raras exceções, ainda não está preparado, evoluído o suficiente, para deixar de usufruir, abrir mão de coisas e conquistas que lhes são importantes.
O maestro Antonio formou, não apenas artistas, mas profissionais da música, competentes e conscientes disseminadores da cultura que, certamente, em sua trajetória, perpetuarão não apenas o aprendizado musical mas, principalmente, os aconselhamentos de cidadania do seu mestre maior.
O fechar do ciclo de uma turma de alunos, para o mestre traz, além da grata sensação do dever cumprido, um sentimento muito maior, intenso e dolorido, que ocupa todo o espaço vazio do palco, além dele, da vida como um todo, que é a saudade. E que sensação danada é essa, que agrega ao mesmo tempo, alegria e tristeza?
Como é possível unir sentimentos antagônicos, tão fortes e marcantes, que, a princípio, transitam em lados opostos? Verdade ou não, realidade ou ficção, é o sentimento que nos invade por inteiro, que nos torna melancólicos e nos faz refletir. A vida é feita de conquistas e de perdas.
É salutar entender esse mecanismo que nos obriga a sermos insistentes e persistentes no ato de conquistar e ainda mais fortes na hora de aceitar as perdas. O que consola o mestre, é saber que, apesar da turma de aluno sair de cena e partir para outros palcos, o mestre se prepara para formar nova turma.
Continuará a passar seus conhecimentos, a disseminar arte, cultura e disciplina, pois música é pura disciplina, fazendo o que mais gosta de fazer e formando além de artistas, cidadãos. A vida é formada por ciclos. para os que acreditam e o Maestro Antonio é um deles, tudo tem princípio e fim.
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