Um projeto de lei apresentado pelo deputado federal baiano Pastor Sargento Isidorio (Avante) quer proibir o uso da palavra "Bíblia" em qualquer citação de contexto diferente àquele do livro sagrado. A proposta prevê que quem publique o termo "Bíblia" ou "Bíblia Sagrada" em referência a qualquer assunto que não sejam as escrituras do cristianismo responda pelo crime de estelionato. A pena prevista é de quatro a oito anos de reclusão. O texto tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados, ou seja, pode ser votado a qualquer momento pelo plenário da Casa.
Na justifica do projeto, Isidório cita a edição de versões do livro sagrado, por ativistas, que sugerem correções relacionadas aos homossexuais. “Há indícios que tal livro (Bíblia Gay) pretende tirar as referências que condenam o homossexualismo. Seria uma verdadeira heresia e total desrespeito às autoridades eclesiásticas”, afirma.
O parlamentar argumenta ainda que “aberto o precedente para que haja um livro corporativista com nome (apelidado) bíblia gay ou de nomenclatura similar, em pouco tempo surgirá também outros livros apelidados de bíblia para outros segmentos de pecadores, a exemplo: homicidas, adúlteros, prostitutos, mentirosos etc. Ou seja, livros chamados de bíblia para livrar todo tipo de pecadores”.
Reação - O projeto foi alvo de críticas de diferentes segmentos, inclusive de cristãos. Nas redes sociais, o padre Julio Lancelotti fez uma publicação contrária à proposta. "Inacreditável", escreveu.
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