Bagunça na chapa do PT vai facilitar o caminho de Neto, principalmente depois do anúncio, nesta sexta-feira, de que o candidato a governador será o atual secretário de Educação do estado desde 2019, Jerônimo Rodrigues. Ele tem um amplo "telhado de vidro": a Bahia tem os piores índices de educação do país há vários anos.
A definição de Rodrigues como cabeça de chapa e a manutenção de Otto Alencar como o nome para o Senado arruinou a negociação feita por Jaques Wagner para manter a unidade do partido, porque tirou Rui Costa da chapa.
Sua saída para as eleições deixaria o vice João Leão como governador por 9 meses, uma maneira de compensar o descaso com o PP na formação da chapa, apesar de seus mais de 100 prefeitos. Ele ficaria relegado a indicar o vice de uma candidatura com pouca chance de vitória.
Na quarta-feira, Leão se reuniu em Brasília com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, para discutir o futuro do PP na Bahia. Para o vice-governador, o PT ignorou o compromisso assumido com ele, que garantia a unidade da base. Leão diz que precisa "refletir sobre o seu futuro eleitoral".
Senador com Neto - No meio político, a leitura disso é o rompimento com o PT. Existe uma ala, grande, dentro do PP que defende que ele saia a senador na chapa de ACM Neto, que já declarou publicamente que "a porta está aberta" e a vaga reservada para Leão. Já houve uma conversa na quinta.
Segundo o prefeito de Salvador, Bruno Reis, a conversa foi "muito produtiva". Toda essa movimentação foi antecipada pelo jornal A Região desde o ano passado, quando não enxergou uma montagem de chapa que pudesse manter o grupo unido.
Em novembro, nossos articulistas já davam como certa a adesão de Leão à chapa de ACM Neto como candidato ao senado ou a montagem de uma com João Roma. A maior probabilidade de Neto vencer tornou o caminho do PP mais óbvio, mesmo sendo aliado de Bolsonaro nacionalmente. (A Região).
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