Os pais de hoje ficam atônitos, embaraçados mesmo com o impacto da vida moderna, sem saber muitas vezes o rumo a tomar: o rigor em excesso ou a liberdade sem limites. A família está mudando com muita rapidez; os pais têm cada vez menos tempo para se dedicar aos filhos em casa. A luta pela sobrevivência muitas vezes não deixa sobrar tempo para essa convivência benéfica. As crianças que vivem no mundo atual são muito dinâmicas, inteligentes.
Estimuladas pela
televisão cantam e dançam já com dois anos e sabem as letras das musicas. É
impressionante. Elas também “amadurecem” depressa, muito antes do tempo, pela
convivência com uma mídia em que há cenas de sexo em horas impróprias e por uma
sociedade consumista e competitiva. Os lares desfeitos que têm sido em número
acentuado, os pais agressivos, a violência na comunidade vistas e sentida a
toda hora pela convivência familiar, modifica o comportamento da criança.
É impressionante
a impregnação deixada na mente da criança pelas cenas presenciadas na infância.
Para ela, o ambiente familiar é o seu mundo. E como será essa criança no ano
2030, adulta? Qual será o seu equilíbrio emocional? Quase tudo o que os pais
fazem é modelo para os filhos. Quanto menor a criança mais difícil para ela
entender porque o pai ou a mãe não frequentam sua casa quando separados. Aquilo
perturba a sua mente.
Educar uma
criança passou a ser uma tarefa difícil dentro da vida moderna. Na trajetória
da vida o indivíduo encontra sempre o bem e o mal, o fácil e o difícil, o justo
e o injusto, a compreensão e a intransigência. Dessa forma o dever de quem
educa é preparar os filhos para as realidades da vida, dando-lhes uma base,
oferecendo-lhes essa capacidade de enfrentar os obstáculos e poder
solucioná-los. A criança só conseguirá isso no futuro se tiver uma infância
feliz em casa.
Como um homem que acredita na capacidade de persuasão da família e acreditando na força dos sentimentos que a pessoa humana possui, acreditando no potencial afetivo da criança e sabendo que é de uma infância feliz que ela se transformará em um adulto realizado, sugiro aos pais o seguinte: – Saibam respeitar a personalidade da criança que se traduz no direito que ela tem de ser compreendida como criança, tratada como criança e de viver sua vida de criança; – Saibam que a criança imita o que o pai faz e não o que o pai diz e que tem uma ação direta sobre sua vida futura.
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