Quero começar esse artigo revelando que hoje me despi de qualquer preconceito cultural ou intelectual (até porque não tenho nenhum deles) para fazer uma análise jornalística desse programa que domina a audiência no Brasil, chamado BBB. Considero este tipo de programação, o que há de mais lixo e repugnante na televisão brasileiro. Ninguém deve se decepcionar, nem se empolgar.
No BBB o
telespectador encontra aquilo que exatamente se espera encontrar. Conversas
fúteis sobre a vida pessoal e sexual de cada um, armações juvenis para
prejudicar este ou aquele na hora da votação e um profundo vazio sobre os
principais temas do país.
Dirão os
defensores do BBB que o programa não é destinado a discutir problemas sérios, a
falar de enchentes, de deficit habitacional, de miséria, de mortes, ou de
corrupção. Pode ser que o programa não tenha sido criado para falar disso. Mas
a ‘televisão brasileira existe para prestar serviço, informar e divertir,
segundo os preceitos de Roquete Pinto.
A Rede Globo que já teve um padrão profissional e estético do seu jornalismo entre os melhores do mundo, poderia aproveitar a hora da futilidade, a hora da cabeça vazia, para passar alguma mensagem mais útil. Infelizmente, o BBB caminha célere para mais um título de lixão televisivo, ao lado de outros tantos que desprezam a qualidade e a inteligência em nome do peito e da bunda.
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