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6 de fevereiro de 2022

BBB: QUEM QUISER QUE GOSTE, EU REPUGNO!

No Brasil não se joga o lixo fora. Eles o reciclam na forma de programas como Big Brother Brasil

Quero começar esse artigo revelando que hoje me despi de qualquer preconceito cultural ou intelectual (até porque não tenho nenhum deles) para fazer uma análise jornalística desse programa que domina a audiência no Brasil, chamado BBB. Considero este tipo de programação, o que há de mais lixo e repugnante na televisão brasileiro. Ninguém deve se decepcionar, nem se empolgar.

No BBB o telespectador encontra aquilo que exatamente se espera encontrar. Conversas fúteis sobre a vida pessoal e sexual de cada um, armações juvenis para prejudicar este ou aquele na hora da votação e um profundo vazio sobre os principais temas do país.

Dirão os defensores do BBB que o programa não é destinado a discutir problemas sérios, a falar de enchentes, de deficit habitacional, de miséria, de mortes, ou de corrupção. Pode ser que o programa não tenha sido criado para falar disso. Mas a ‘televisão brasileira existe para prestar serviço, informar e divertir, segundo os preceitos de Roquete Pinto.

A Rede Globo que já teve um padrão profissional e estético do seu jornalismo entre os melhores do mundo, poderia aproveitar a hora da futilidade, a hora da cabeça vazia, para passar alguma mensagem mais útil. Infelizmente, o BBB caminha célere para mais um título de lixão televisivo, ao lado de outros tantos que desprezam a qualidade e a inteligência em nome do peito e da bunda.

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