Comemorou-se ontem o Dia Mundial de Luta contra Aids. A data foi escolhida pela Organização Mundial de Saúde cinco anos após a descoberta do vírus e é celebrada anualmente desde 1988, como uma oportunidade de alertar toda a sociedade sobre a doença e as formas de prevenção.
Segundo
a OMS, cerca de 37,7 milhões de pessoas conviviam com o HIV no final de 2020,
mais de dois terços delas na África. A estimativa é que cerca de 11% da
população brasileira esteja contaminada com o vírus HIV e não sabe.
Os dados mais recentes em Itabuna, mostram que já houve um
aumento no número de casos na cidade e região, comparando-se os anos
de 2020 e 2021. Até o último dia 30 de outubro, tinham sido contabilizados 143
novos registros, enquanto em todo o ano de 2020 foram 128.
A
Coordenadora do Cerpat, Fernanda Barros, nos últimos meses, está identificando
a chegada de pacientes graves com Aids às internações, o que pode ter se
agravado após o pico da pandemia de Covid-19, uma vez que muitas pessoas
procuraram os serviços básicos de saúde com sintomas facilmente confundidos com
Covid-19, mas não foram corretamente diagnosticados como HIV/AIDS.
Para
Fernanda Barros, um dos maiores desafios atuais é fazer com que a população
jovem invista em prevenção e procure tratamento precoce, para não contrair o
vírus ou conviver com ele sem desenvolver a Aids – a forma mais grave da doença.
Isso porque muitos jovens vêem a doença como uma outra qualquer e não enxergam
o impacto como o pessoal mais velho, que sofreu na década de 1980. Na época,
eram comuns as mortes pela doença por falta de um tratamento eficaz.
O
Brasil possui um Programa de Aids que é referência mundial. Foi um dos
primeiros países a proporcionar tratamento gratuito aos pacientes através do
Sistema Único de Saúde. Um importante passo, junto à distribuição em massa de
preservativos, para o Brasil despontar na luta contra a Aids.
Com
os medicamentos que são eficientes e levam os portadores a terem uma vida
normal, muitas pessoas negligenciam quanto à prevenção. Mesmo com todas as campanhas
de conscientização e a distribuição de preservativos masculinos e femininos por
meio do SUS, a prática do sexo desprotegido ainda tem ocorrido com frequência.
Ainda não existe cura para o HIV nem para a Aids, e a forma mais segura e comprovada de se tratar a doença é a terapia antirretroviral. O tratamento se baseia na inibição, por meio de medicamentos. Portanto, prevenir ainda é o melhor remédio.
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