Nos últimos meses, os consumidores tem percebido no bolso um aumento generalizado de preços, principalmente de combustíveis e alimentos. Engana-se, porém, quem pensa que se trata de um problema enfrentado somente pelo Brasil. A inflação é um problema global.
Quase
todos os países passaram a lidar com uma alta de preços mais intensa neste ano.
Com a retomada da economia, depois de superada a fase mais aguda da pandemia, a
cotação da "matéria-prima" subiu e se somou ao desarranjo nas cadeias
de produção – a crise sanitária paralisou ou reduziu a produção em muitos
setores industriais. Essa interrupção provocou uma escassez de produtos,
pressionando os custos em todo o mundo.
O fato é que o
mundo está se recuperando mais rapidamente por causa dos estímulos fiscais
adotados pelas grandes economias, entretanto o efeito colateral desse aquecimento
rápido é uma busca muito grande por petróleo e carvão, com consequente aumento
dos preços.
O patamar de
inflação no Brasil traz de volta o velho fantasma do descontrole de preços
vividos pelo País nas décadas de 1980 e 1990. A estimativa é que a inflação brasileira
encerre o ano em 7,9%.
Segundo
especialistas, apesar de estarmos exportando cada vez mais, a entrada de
dólares não está sendo suficiente para fortalecer o real. O País também lida
com uma forte alta dos preços da energia elétrica por causa da escassez
hídrica. É preciso que a equipe econômica dê respostas concretas para diminuir
as incertezas nas áreas fiscal e política e assim reverter esse quadro de
desvalorização da moeda, que terá efeitos em toda a cadeia produtiva.
A inflação penaliza principalmente os mais pobres, que já sofrem normalmente com a dificuldade de acesso aos itens básicos.
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