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27 de setembro de 2021

O ERRO DE CORDÉLIA É SER MULHER?

Até bruxas venais se apavoram com o empoderamento feminino em Eunápolis!

Para a absoluta maioria da população, a face mais conhecida da violência contra a mulher, é aquela que ocorre na esfera privada, dentro dos lares e tendo como principal algoz companheiros, ex-companheiros, pais e até mesmo seus filhos. Entretanto, a violência resultante da desigualdade de gênero e da dominação masculina se desdobra também para a cena pública e viola direitos políticos da mulher, colocando uma série de barreiras para que possa empoderar e protagonizar seus projetos, suas ideias e assim contribuir para que tenhamos uma cidade melhor desenvolvida e mais humanizada.

Esse tipo de violência é chamada de Violência Política, que inclui todas as ações violentas direcionadas a mulheres que estão no poder político e governamental. Assim como a violência doméstica, a violência política pode incluir violência psicológica, simbólica, moral ou difamatória, com o objetivo principal de diminuir ou anular potencial de gerenciamente das mulheres.

A violência política com base no gênero baseia-se no assédio político naturalizado na cultura política, refletindo práticas comuns que não são questionadas. Um bom exemplo disso são os ataques verbais e diários, praticados por programas de rádios em Eunápolis, que exploram os direitos de uma mulher Prefeita e suas potencialidades, como forma de desqualificá-las e humilhá-la publicamente. Neste contexto, há até mullheres, sendo pagas para esculhambar a séria, ética, honesta e bem intencionada Prefeita Cordélia Torres (DEM).

Cordélia é um desses muitos casos reais, que mostram como a trajetória das mulheres que optam por participar ativamente da política é marcada por intimidações e violência. Em Eunápolis, a violência e o assédio político baseado no gênero são um desafio comum às mulheres que ingressam na vida política. Uma vez eleita, para os poderes legislativo e executivo, a mulher enfrenta uma rotina exaustiva de discriminação, ameaças, difamações, injúrias e calunias, em diferentes veículos de comunicação, que são pertencentes, ou financiados por integrantes da Quadrilha dos Fraternos. 

O aumento da participação e representação política de mulheres na Câmara e na Prefeitura de Eunápolis, é acompanhado por um aumento sistemático de ataques contra elas. Para lidar com esse problema, em primeiro lugar, é preciso notar que mulheres ainda são minoria na disputa e à frente de cargos públicos e entender a violência política baseada em gênero como esse mecanismo de exclusão da mulher dos espaços de poder.

As leis que prevêem cotas para a participação feminina nas eleições contribuíram para dar visibilidade à baixa representatividade das mulheres na política, porém, mostraram-se insuficientes como mecanismo para corrigir essa distorção democrática. Afinal, apenas a legislação não é suficiente para alterar aspectos institucionais e estruturais que permitam que as mulheres ocupem efetivamente espaços de poder.

Apesar de avançarmos em diversas legislações de proteção às mulheres, o que falam da Prefeita Cordélia Torres (DEM) e seus familiares nas rádios Ativa e Band; e blogs pertencentes ao grupo político do corrupto e milionário ex-prefeito Robério Oliveira (PSD), é o que se pode qualificar como intolerável e demonstra que a violência política, baseada em gênero ainda não é reconhecida como um comportamento sancionável criminal, eleitoral ou administrativo tanto que até o momento nenhum caso tenha resultado em uma condenação.

Por fim, destaca-se que é necessário reconhecer a violência contra a mulheres na Prefeitura e Câmara de Eunápolis, como um evento real e grave, que gera inúmeras consequências para a representação política das mulheres, fragilizando diretamente a democracia. Afinal, mulheres que consigam ocupar posições políticas de tomada de decisão e se manter nesse lugar, é da maior importância para a construção democrática em um município.

O fato é que, quanto mais as mulheres participarem como eleitoras, candidatas, líderes de partidos políticos e ocuparem cargos públicos, mais serão aceitas na política. Assim, as mulheres serão menos vítimas de violência em todos os âmbitos e mulheres unidas e fortalecidas, são menos vulneráveis a violência diária praticadas por bandidos e bandidas do colarinho branco em Eunápolis.

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