O PP é um daqueles partidos, que podem ser considerados lacaios do petismo na Bahia. Mas o PP está partido e nele há quem declare abertamente, rejeição a Jaques Wagner como candidato ao governo do Estado e este é o caso do próprio Vice-Governador, João Leão e mais recentemente, um dos seus liderados escancarou o incômodo do compadrio com Rui Costa (PT) e este é o deputado estadual Robinho, que não integra mais a base do governado petista na Bahia.
O ápice da discordância que culminou com o afastamento foi a defesa do deputado Robinho (PP) ao colega Paulo Câmara (PSDB), que criticou o governo após os sucessivos aumentos nos preços de combustíveis no estado. Após as críticas do tucano, o petista sugeriu que o deputado deveria ser interpelado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa da Bahia.
Robinho disse que há três anos o governador Rui Costa não paga as emendas impositivas a que os deputados têm direito. “Há muito tempo tenho tentado uma audiência com o governo para falar dos assuntos, problemas da região, mas o governo não atende, ele não faz agenda, não atende os deputados e, quando o faz, ele atende 20, 30 deputados de uma só vez, não dá para focar no problema que você quer direcionar”, falou o deputado estadual do PP.
O não pagamento dessas emendas, resultou em ação do deputado estadual Soldado Prisco (PSC) no Ministério Público baiano. Segundo Prisco, o não pagamento das emendas pode configurar crime de responsabilidade, o que seria razão para abertura de processo de impeachment.
“O marketing de ‘Rui Correria’ é correr dos problemas. Ele sai todo dia, ele vai no interior, vai numa cidade, vai em outra, cada cidade é festa, cada prefeito quer mostrar sua força, leva prefeitos vizinhos, leva pessoas, chega lá é festa, mas ninguém consegue falar com o governador”, disse Robinho. O parlamentar é casado com a prefeita de Nova Viçosa, Luciana Machado, e está no segundo mandato como deputado estadual.
Robinho também comentou a recomendação do governador para abrir representação contra Paulo Câmara no Conselho de Ètica. “Se for para abrir uma Comissão de Ética para o deputado que está falando a verdade, a gente vai ter que abrir uma CPI para o governador que tem três anos que não paga as emendas impositivas, vamos ter que abrir uma CPI para investigar os R$ 49 milhões da compra dos respiradores que não foram entregues”, disparou. A resposta às críticas do progressista veio em forma exonerações de todos os ocupantes de cargos comissionados ligados ao parlamentar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.