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31 de maio de 2021

A PANDEMIA E A ARTE DE EXIGIR DOS OUTROS, AQUILO QUE NÃO SE PRATICA!

A Covid-19 tem revelado muitos lobos se fingindo de cordeirinhos!

É fácil culpar outros, transferir a responsabilidade de nossos atos não condizentes com a normalidade e a lógica dos acontecimentos. O mundo vive, desde o início do ano de 2020, uma das mais temidas pandemias, ocasionada pela Covid-19, que afeta diferentes pessoas, de maneiras as mais diversas. A maioria dos infectados apresenta sintomas leves a moderados da doença e não precisará ser hospitalizada; outros poderão

sofrer a internação hospitalar, com possíveis agravamentos, chegando, infelizmente, ao óbito.

No Brasil, o surgimento e a evolução do vírus tem sofrido alternâncias, com o foco exclusivo que muitos tem de culpar os governos de forma geral pelo que está acontecendo. De minha parte, quero acreditar que esses governantes, independentemente das alas partidárias, em geral querem o melhor, mediante erros e acertos, o que é normal. No entanto, nós, “a população”, acreditamos piamente que o único culpado são os mandatários. Ora, a maioria das pessoas realmente não obedece às diretrizes impostas pelos governos muitas vezes contra a vontade popular, entretanto, o que se vê e se houve, cotidianamente, pela imprensa são casos de abusos e excessos de pessoas, fazendo festas e festas com aglomerações, bebedeiras e farras, seja qual for a classe social.

Como exemplo clássico dessa desobediência, falta de conscientização e amor à vida, cita-se a realização de um baile funk em um cemitério no interior de Pelotas/RS, durante a madrugada de 02/02/21. Esse fato caracterizou a total ausência de respeito para com o ser humano, em especial aos familiares desses mortos.

Mesmo sabendo da existência do cumprimento de todos os protocolos sanitários e de saúde exigidos pelas autoridades, muitas vezes, nós, “a população”, exigimos e impedimos que: as escolas, faculdades e universidades não voltem a ter aulas presenciais; os cultos religiosos não possam ocorrer; o comércio, restaurantes, hotéis e serviços etc. não funcionem normalmente; de preferência, queremos trabalhar em home office.

O reflexo dessas incoerências veremos a médio prazo, em especial na educação escolar e nos resultados e sobrevivências das empresas, com forte tendência de queda da economia. Nós, “a população”, temos que exercer o senso crítico e bater no peito e admitir a nossa culpa. Vamos fazer a nossa parte, respeitando os protocolos de saúde.

Caso contrário, estaremos demonstrando total hipocrisia.

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