É fácil culpar outros, transferir a responsabilidade de nossos atos não condizentes com a normalidade e a lógica dos acontecimentos. O mundo vive, desde o início do ano de 2020, uma das mais temidas pandemias, ocasionada pela Covid-19, que afeta diferentes pessoas, de maneiras as mais diversas. A maioria dos infectados apresenta sintomas leves a moderados da doença e não precisará ser hospitalizada; outros poderão
sofrer a internação hospitalar, com possíveis agravamentos, chegando, infelizmente, ao óbito.No Brasil, o surgimento
e a evolução do vírus tem sofrido alternâncias, com o foco exclusivo que muitos
tem de culpar os governos de forma geral pelo que está acontecendo. De minha
parte, quero acreditar que esses governantes, independentemente das alas
partidárias, em geral querem o melhor, mediante erros e acertos, o que é
normal. No entanto, nós, “a população”, acreditamos piamente que o único
culpado são os mandatários. Ora, a maioria das pessoas realmente não obedece às
diretrizes impostas pelos governos muitas vezes contra a vontade popular,
entretanto, o que se vê e se houve, cotidianamente, pela imprensa são casos de
abusos e excessos de pessoas, fazendo festas e festas com aglomerações, bebedeiras
e farras, seja qual for a classe social.
Como exemplo
clássico dessa desobediência, falta de conscientização e amor à vida, cita-se a
realização de um baile funk em um cemitério no interior de Pelotas/RS, durante
a madrugada de 02/02/21. Esse fato caracterizou a total ausência de respeito
para com o ser humano, em especial aos familiares desses mortos.
Mesmo sabendo da
existência do cumprimento de todos os protocolos sanitários e de saúde exigidos
pelas autoridades, muitas vezes, nós, “a população”, exigimos e impedimos que:
as escolas, faculdades e universidades não voltem a ter aulas presenciais; os
cultos religiosos não possam ocorrer; o comércio, restaurantes, hotéis e
serviços etc. não funcionem normalmente; de preferência, queremos trabalhar em home
office.
O reflexo dessas
incoerências veremos a médio prazo, em especial na educação escolar e nos
resultados e sobrevivências das empresas, com forte tendência de queda da
economia. Nós, “a população”, temos que exercer o senso crítico e bater no
peito e admitir a nossa culpa. Vamos fazer a nossa parte, respeitando os
protocolos de saúde.
Caso contrário, estaremos demonstrando total hipocrisia.
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