O analfabetismo
político representa uma estagnação social, uma zona de conforto cega,
desprovida de consciência política, evidenciada pelo conhecido discurso
pronunciado pelos equivocados do tipo: “odeio política”, “política não se
discute” e materializada em atitudes como desligar o rádio na “Hora do Brasil”
ou o televisor durante o horário da propaganda eleitoral obrigatória.
São atitudes insanas, comportamento sombrio derivado da lavagem cerebral a que somos submetidos desde o nascimento até os últimos dias da
existência física (Disse Freud). Somos vítimas da cultura do “deixa para lá”, “está bom assim”, “depois melhora”. Aprendemos desde cedo que mais vale assistir um programa televisivo improdutivo, que não acarretará nada além de algumas risadas, ou algum programa de esporte violento, do que ler aquela matéria no jornal.Deste modo, o ser apolítico, isto é, aquele que repudia a política e não dá a mínima para o que acontece no cenário sociopolítico do país, do estado ou mesmo do município em que reside, se torna um não-cidadão. Um nada social; um instrumento fácil a ser moldado de acordo com os padrões e dinâmicas políticas impostas; um servo dos protagonistas políticos de sempre; um indivíduo sem desejo, sem opinião, sem direitos.
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