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7 de junho de 2020

A ÁGUIA E O JUMENTO NUMA ELEIÇÃO

Que vende voto, sempre será igual a uma galinha,
ou um simples ovo, jumento... nunca uma águia!
      São muitas as dúvidas numa eleição, mas a certeza que a causa da corrupção está relacionada a estreita relação que existe entre quem compra e quem vende votos. E as indagações são intermináveis. Quem nasceu primeiro, o político corrupto ou o eleitor corrupto? A resposta acima não é tão difícil quanto aquela pergunta: quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Quem nasceu primeiro foi
o eleitor corrupto, pois é ele quem mantém a cadeia da safadeza. Isto me faz recordar um ditado popular, que se encaixa perfeitamente neste contexto: "sem o intrujão, não existe o ladrão"! O político comprador de votos, é considerado como águia numa eleição, pois possui a sagacidade, a esperteza e a presteza de fazer do eleitor uma mercadoria barata. Já o eleitor é como um jumento que não pensa nas consequência do que faz, ou deixa de fazer, embora seja quem acaba carregando nos ombros, o peso do resultado desastroso de votar errado. O eleitor quer vender o voto, quer levar vantagem e quando encontra um candidato sério e que só tem idéias e compromisso a oferecer, rejeita. Ao rejeitar assina a própria sentença e recebe como prêmio 20, 50, ou 100 reais no lugar de um mandato a serviço da melhoria coletiva. E ainda existem aqueles que são trapaceados nesse negócio de venda de voto. E quem acaba ludibriado por promessas de empregos e favores, que nunca são cumpridas. Assim, o político vigarista se faz de águia, para fazer do eleitor um jumento. No Brasil é assim, eleitor que não vale um tostão e político espertalhão são sócios da mesma causa, mas só um sai no lucro e este não é o eleitor... e nem a sociedade.




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