A única coisa
verdadeira na maioria dos candidatos, é o choro da derrota! |
Basta chegar o período
de campanha eleitoral e somos assediados por candidatos que, nessa época, estão
mais para “anjinhos” do que para “diabinhos”… Numa campanha, aparecem tantos
absurdos, mentiras e sujeiras que a vontade é de aderir ao time dos que votam
em branco e nulo, mas logo vem à memória o desabafo de Martin Luther King: “O
que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos,
dos sem caráter, dos sem ética… O que me preocupa é o silêncio dos bons”. A
omissão é uma
péssima maneira de protestar, mesmo porque não adianta
simplesmente transferir para outras pessoas a responsabilidade pela escolha dos
próximos governantes, se não é possível, igualmente, transferir as consequências.
Em outras palavras, estamos todos “no mesmo barco” e sentiremos juntos os bons
e os maus resultados decorrentes das boas ou más escolhas. Enfim, o jeito é
votar. De nada adianta Ministério Público, Polícia e Magistratura se esforçarem
em punir os políticos envolvidos em corrupção se a cada período eleitoral o
povo os mantêm no poder. Vários assuntos ganham destaque nessa época. Alto
custo das campanhas, fake news (notícias falsas), ficha limpa, entre outras.
Mas quero abordar neste momento o chamado “estelionato eleitoral”, bem como
avaliar se no Brasil é crime ou não. Primeiramente, é importante explicar que
se costuma chamar de “estelionato eleitoral” o ato de o candidato, durante a
campanha eleitoral, fazer promessas falsas, isto é, (1) impossíveis de cumprir
ou que (2) apesar de possíveis, não pretende cumpri-las. Infelizmente, essa
prática é tão antiga quanto a própria política. Devemos rejeitar os
“estelionatários eleitorais” e suas práticas de prometer aquilo que não pode ou
não pretende cumprir. Ótima maneira é avaliar o histórico do candidato. A
partir de 2010 a Justiça Eleitoral passou a exigir dos candidatos para alguns
cargos o registro da plataforma ou do programa de governo, o que já ajuda
bastante nessa “fiscalização”. Ora, se já exerceu mandato eletivo, cumpriu as
promessas eleitorais que fez? Por que não? Se atuava na iniciativa privada ou
como servidor público, como era sua conduta? Demonstrava ter algum interesse
que fosse além do próprio? Se você não sabe, pergunte a quem o conhece,
pesquise, hoje há muitas maneiras de conseguir informações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.