As redes sociais são campos férteis, para enganar e se enganar! |
Homens e mulheres
nunca estiveram em tanto “pé de igualdade”. A cultura se utilizava de um
discurso social da desigualdade de gênero como algo natural, o que mantinha as
diferenças entre homens e mulheres. As mulheres sempre estavam em lugares menos
privilegiados e os homens como os detentores de poder, podiam ocupar qualquer
lugar na sociedade. Apesar de hoje as mulheres terem conseguido galgar um lugar
respeitoso na sociedade, ainda são muito julgadas e enquadradas em múltiplos
estereótipos. Por conta dessa pressão cultural para que sigam padrões impostos,
acabam sofrendo muito mais com problemas de autoestima. Elas aprendem desde
crianças que “devem estar sempre bonitas, magras e apresentáveis, caso
contrário, não ninguém as irá querer” ou “mulher mandona nenhum homem gosta,
você tem que ser meiga”. Observado o
cenário acima, várias garotas, ao
acessarem as redes sociais, como o Instagram, por exemplo, buscam se sentirem
aceitas, amadas e reconhecidas. Muitas vezes, num resultado contrário, acabam
ficando completamente arrasadas e frustradas ao “não receberem o mesmo número
de curtidas que aquela amiga popular” ou sentem-se horríveis ao notarem a
barriga de tanquinho de uma blogueira fitness que elas não têm. Com isso, as
redes sociais se tornam uma armadilha para as mulheres e um campo minado para a
sua autoestima. Essas plataformas digitais se transformam em um campo de
disputa entre perfis e uma lembrança eterna de que “eu poderia estar/ser mais bonita,
mais rica, mais competente”. As pessoas que têm dificuldades de desenvolver um
amor próprio e uma autoestima, em geral, são aquelas que já passaram por
situações como, por exemplo, negligência ou castigos frequentes na infância;
abuso constante, pais severos, autoritários ou superprotetores; ausência de
confiança nos filhos; intimidações constantes; contextos violentos ou
estressantes; falta de elogios; e ambiente preconceituoso. Quem passa por isso
cresce num ambiente tóxico. Geralmente, são pessoas que passam a se comparar
com outros constantemente, coloca-se em relacionamentos abusivos ou permite
abusos no campo profissional, sempre se diminuindo. Tudo isto prejudica ainda
mais o amor próprio, tornando-o praticamente inexistente. A baixa autoestima
pode gerar inúmeros problemas psicológicos como, depressão, ansiedade, fobias,
transtornos de personalidade, compulsões e transtornos alimentares, dependência
química, vícios em jogos, entre outros. Basicamente, a autoestima baixa pode
ser um dos fatores envolvidos para o surgimento de quase todos os principais
problemas e transtornos psicológicos. O momento ideal de procurar ajuda
psicológica é quando a pessoa começa a perceber diversos problemas em sua vida
devido à baixa autoestima, atrapalhando até mesmo na sua rotina diária e de
seus relacionamentos. Começa-se a notar situações como, por exemplo, o hábito
de não assumir responsabilidade pelos seus erros; a ausência de respeito dos
seus próprios limites; a necessidade de sempre agradar os outros e o
perfeccionismo; a procrastinação, entre outros sinais. Fazer uma faxina nas
redes sociais pode ser bastante positivo para sua autoestima, formação de
identidade e autoaceitação e saúde mental.
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