O governo de Rui Costa gasta mais com propaganda, que com o que gasta com Segurança e isto explica a violência na Bahia |
Assaltos à luz do dia, tiroteios e mortos. Este não é o cenário da Guerra da Síria e sim da cidade de Itabuna. Cabeças esfaceladas por tiros não são atos somente de terroristas do Estado islâmico, mas imagens repetidas nos noticiários durante as invasões de lares nas madrugadas itabunenses. Extermínios, como em regiões da África, acontecem quase todos finais de semana. O que os números já alertavam, agora ganham as ruas das grandes cidades, de norte à sul. A criminalidade declarou guerra entre as facções criminosas e não há como dimensionar qual dos três Raios está ganhando a batalha em Itabuna. A criminalidade sem limites sempre ficou as margens da sociedade, escondida em baixo do tapete. Quando se vê os números, não se sente na pele, e consequentemente, não se cobra soluções. Assim como em outros setores, a má gestão do dinheiro público demora em aparecer, mas não deixa de apresentar a conta. Em casa, se você gasta mais do que recebe ou com as coisas erradas, é possível viver por um período no vermelho ou de cartões de crédito, entretanto uma hora a cobrança chega. Sem investimento em infraestrutura, inteligência e em profissionais, as polícias se enfraquecem e se omitem. Com isso, o crime organizado ganha espaço e se fortalece. Mas do que uma crise pontual, deve se analisar de forma macro. A ausência do Estado não é somente em segurança, mas em educação, moradia, saneamento básico, oportunidades de emprego. Tudo isso contribui muito para o cenário atual. Sem chances de um futuro, o crime surge como a única opção para colocar comida na mesa e crescer na vida. Vira um plano de carreira. Não é de hoje e não será resolvido de um dia para o outro. Incursões policiais como forma de conter a violência é somente um paliativo e não pode ser visto como a solução. Para um caso de emergência servem como tampão, mas é necessário rever todas as políticas públicas a fim de frear a criminalidade crescente. A incompetência do estado e a corrupção intrínseca em todo o sistema precisam ser denunciadas e combatidas incessantemente. O fundo de poço sempre será mais abaixo se não cortamos o mal pela raiz. É importante entender que dos dois lados do ciclo vicioso da violência está a população. Se não cobra atitude dos governantes, não vigia suas atitudes e não vota de forma correta, no fim é ela própria que tem de conviver com os problemas e pagar a conta. É preciso ter a noção de que o público é de todos. Temos de zelar pelo nosso bairro, comunidade e cidade como se fosse a nossa casa. Vivemos por anos fingindo que a violência não é aqui, que guerra só existe no Oriente Médio. Precisamos sair desta cortina de fumaça. A batalha está nas ruas e precisa ser enfrentada por todos. Mudar o canal da sua televisão não vai evitar que a sua casa seja roubada. Ou a população cobra ações efetivas dos governantes, ou seguiremos derrotados. O exército somos nós
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