O POVO ESTÁ ENTREGUE À PRÓPRIA SORTE

A segurança na Bahia está emperrada e jogada às traças!

Não dá mais para dizer que existe bairro tranquilo em Itabuna. Hoje, a imagem de pessoas com cadeiras de balanço na calçada de casa compartilhando conversa com os vizinhos está apenas na memória como uma mera lembrança. Tentar fazer isso é muito arriscado em uma cidade onde a violência se espalha como um câncer. Quando saem indicadores que apontam redução no índice de homicídio em 2019 se comparado com o mesmo período do ano anterior eu só consigo pensar em que loucura foi 2018. Sério, não foi fácil. O ano passado não pode ser referência. Ele foi turbulento, sangrento e deixou rastros marcados pelas facções. Recordo de quando falavam do Esquadrão da Morte e as histórias me davam calafrios. Hoje, acredito que o povo sofrido de Itabuna vive algo pior com a atuação das facções criminosas. A cidade foi tomada por pichações com as iniciais desses grupos. Não poupam nem escolas. É uma disputa por território que custa a vida de muita gente. A Segurança Pública diz que eles estão se matando. Mas, infelizmente, sabemos bem que tem inocente nessa lista. Itabuna está escrevendo sua história e este é um período escuro, que precisa ser superado. Itabuna nunca foi prioridade do Governo Estadual em nenhuma época. Claro, um ou dois governadores olharam com mais atenção para a nossa cidade, mas nada que pudesse mudar nossas vidas. Os empresários, produtores, comerciantes e, principalmente, a população é que ergueram Itabuna. No entanto, este é o momento que Itabuna mais precisa da atuação do Governo Estadual. A periferia esta dominada pelos Raios A, B e DMP, que disputem esse espaço para ditar quem manda mais. As polícias atuam incansavelmente na cidade para prender traficantes e homicidas, mas fica aquela sensação de tentar enxugar gelo. Não dá. O problema não vai ser resolvido apenas assim. O governo que está aí na administração do Estado não faz nada e por isso o povo itabunense segue na luta, um dia de cada vez, com portas e janelas bem trancadas, porque o perigo está por todos os lados.