Itabuna tem sido vítima do parasitismo de Rui e Cuma, que lavaram as mãos para a segurança pública na cidade |
A Bahia continua aparecendo mal nas
estatísticas sobre a violência no País. A cada levantamento, verifica-se que
aqui a situação só tem se agravado. Este fato conduz a um diagnóstico já feito
ao longo dos seis anos de governo Rui Costa, indicando que, além de problemas
técnicos e administrativos, a área de segurança pública continua carecendo de
planejamento estratégico. E este é um problema que já se arrastava sob escombro
no governo do também petista Jaques Wagner. Os primeiros dois problemas exigiriam
investimentos, o que não aconteceu. Ou não aconteceu na medida das reais
necessidades do Estado. Já o terceiro, a falta de planejamento visando ao
enfrentamento da crise, diz respeito apenas a uma questão de vontade política.
Algo que jamais se fez notar nas gestões de Jaques Wagner e Rui Costa. Com o
segundo mandato de Rui Costa, renasceram as esperanças de que se fizessem as
correções nessas duas vertentes da área – a dos investimentos em equipamentos,
melhoria de instalações e contratação de pessoal para as duas polícias e da
elaboração de planos de ação capazes de reduzir os índices de criminalidade e
violência em geral. Foi o que exatamente fizeram os governos de Rio de Janeiro
e São Paulo, com inegáveis resultados positivos. Todos os levantamentos que vêm
colocando a Bahia no topo do ranking da criminalidade apontam sensíveis
melhorias naqueles dois estados. Neste novo levantamento do Mapa da Violência
no Brasil, surge a revelação de que a Bahia lidera isolado o ranking de mortes
violentas entre os jovens. Está aí um resultado que poderia ter sido evitado
se, além do aprimoramento do aparato policial, o poder público houvesse
investido em programas de inclusão da juventude, como hoje tanto se reclama.
Mas nada foi feito com esse objetivo nos governos petistas de Wagner e Rui. E,
no atual, ainda se aguarda decisão sobre algumas idéias em discussão nos foros
sociais. Impressiona a frieza com que os nossos homens públicos encaram os
problemas com que se defronta a juventude baiana. Mas isto, em absoluto, não
deve desestimular os defensores da inclusão social como fator de redução não
apenas das desigualdades, mas também dos fatores que levam à redução dos riscos
de morte entre os jovens. É hora de o governo de Rui Costa cumprir o que
prometeu antes da posse: atacar de frente o problema da violência. E não apenas
com slogans e propaganda, mas com ações concretas.
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