A maior lição da vida é a de que, às vezes, até os tolos têm razão |
As
reclamações a respeito de dificuldades são comuns entre os homens. De forma
aberta ou velada, incontáveis pessoas dão a entender que se consideram
injustiçadas pela vida. Reputam merecer mais do que têm. Desejariam ter esposas
ou esposos mais compreensivos. Gostariam que seus filhos fossem mais estudiosos
e comportados. Apreciariam dispor de mais salário e menos trabalho. Reclamam
das agruras da profissão. Consideram qualquer dificuldade, física ou moral,
sumamente injusta. Doenças são uma catástrofe imerecida, problemas financeiros
representam um desastre iníquo. É comum ouvir-se alguém falar do desejo de
jogar tudo para o ar e sumir. Como bem poucos o fazem, tem-se aí um certo sinal
de maturidade. Entretanto, a real maturidade se revelaria ao assumirmos a
própria realidade, tal qual se apresenta, sem reclamações. A Lei Divina é
perfeita e cuida de todos. No mundo há homens injustos, mas não injustiçados.
Sempre se tem, em qualquer drama, um processo de retificação e aperfeiçoamento.
O dever mais elementar entre os homens reside na fraternidade. Eles se devem
amparar mutuamente. Contudo, vítimas injustiçadas a rigor não existem no mundo.
Nas situações mais dolorosas, há uma matriz no passado, a clamar por correção.
A vida é inesgotável, ninguém jamais dela escapa ou consegue burlar suas regras
de equilíbrio. Assim, importa prestar muita atenção nos próprios deveres. A
razão se ilumina pela reflexão a respeito da Justiça e da Bondade Divinas.
Sendo Deus sumamente justo e bom dá a Seus filhos o que merecem e precisam. E
também manifesta por eles grande desvelo, na figura de moratórias e
oportunidades de utilização do bem para retificar o mal. Com sua razão
esclarecida por essas reflexões, procure encarar seus deveres de modo positivo.
O trabalho não é um castigo, mas uma forma de ser útil ao progresso coletivo.
Não busque folgas demais, para não gastar mal o precioso tempo que a
Misericórdia Divina lhe facultou. Veja nos irmãos de trato difícil seus
credores de erros do pretérito. Agora, mais digno e maduro, você tem condições
de amparar, compreender e perdoar. Seu exemplo de conduta digna pode ser um
farol nas existências dos que o rodeiam. Identifique em cada crise uma chance
de se superar. Se a vida lhe exige certos tributos, você pode e deve dá-los.
Submeta-se aos desígnios superiores e faça o seu melhor. O dever bem cumprido é
o seu passaporte para a felicidade. Pense nisso. (Momento Espírita – por
Risomar Lima).
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