Cuma não passa de um anão, diante do que se dimensiona! |
O prefeito de Itabuna, Fernando Gomes (Cuma), se acha o rei da cocada preta, a última bolacha do pacote, o chocolate do cappuccino. Mas ele mesmo sabe que ele não é tudo isso que quer parecer. Porque quem é mesmo não tem essa necessidade toda de parecer, concorda? Então o que está por baixo desta arrogância fake? Bem, este profundo desejo de ser admirado pelas pessoas não deixa de ser uma tremenda carência, uma insegurança basal, um dolorido sentimento de rejeição, que provavelmente vem lá dos primórdios da infância. Esta é uma ferida que sangra, algo que ainda não está pleno dentro dessa sua necessidade. Tanto que Cuma não cansa de esbravejar que possui uma fazenda que vale mais de um bilhão de reais. E fala isso para permanecer sendo bajulado por quem acha que pode angariar parte dessa fortuna. Observar isso nos faz sentir compaixão pelo egocêntrico alcaide, ao invés de ter raiva. Porque pessoas como Cuma que se acham, só tem o poder de incomodar quem também tem carências, invejas, quem também se sente inferior ao que é de fato. Quem é pleno ri de quem se acha, desta necessidade atordoante de negar o que de fato sente. Quem é pleno vê o óbvio. Vê e compreende, dá um desconto. As pessoas que “se achão”, na verdade são vítimas das construções mentais, das jogadinhas psicológicas que criam mentalmente para sobreviver, para não sofrer tanto. Não é grave! Nossa condição humana é tão patética e frágil. Deveríamos ri dela. O mundo exige que criemos o ego: um motorista ávido que assume a direção quando estamos desatentos. Cuma é aplaudido muitas vezes, por isso acha que existe de fato. Mas só o que ele faz é nos roubar de nós mesmos. Cuma precisa se achar muito antes de dar com a cara no poste, antes de entender que o que já é, na verdade, é muito maior do que o que pensa ser. Falta a Cuma a humildade de saber do tamanho da sua grandeza e ver o outro, e não importa qual outro, como igual. Não tem demérito nenhum aí.
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