O sensacionalismo das reportagens da brutalidade de Luiz Felipe contra a esposa Tatiane, fez aumentar o feminicídio dias depois! |
A jovem advogada Tatiane Spitzner,
que foi espancada, torturada e atirada pelo marido, Luis Felipe Manvailer, do
quarto andar de um prédio no município de Guarapuava em 22 de julho de 2018,
foi um crime horrível, tendo a câmera de segurança filmado, e disponibilizado
às imagens posteriormente. Pois bem. Uma semana após a ocorrência desse delito,
outra mulher foi atirada do terceiro andar pelo companheiro. Outras mulheres
passaram a relatar que sofreram ameaças de serem arremessadas, também, pelos ex-companheiros.
O efeito cascata em algumas situações fica totalmente visível, piorando
sobremaneira as violências domésticas a que as mulheres se sujeitam. O padrão
passa à repetição nefasta, piorando as diversas violências a que mulheres ficam
exposta. O jornalismo tem papel muito importante na divulgação de fatos
descritos como delitos de violência doméstica e familiar. É preciso que as
manchetes das notícias sejam preparadas para impactar o crime de violência
doméstica e familiar mostrando a realidade, a fim trabalhar a prevenção. Na
violência doméstica e familiar é importante que critérios sejam seguidos, no
afã de se evitar citado resultado. Evitar detalhes ou omitir elementos que
venham a despertar a sanha do agressor é uma forma de impedimento em
desencadear processo imitativo. O impacto em mentes voltadas para a violência,
e mais, na violência contra as mulheres, mostra que não falar de maneira
sensacionalista é melhor. A sensibilidade no trato é o melhor caminho. Não
trazer fotografias para as matérias jornalísticas, ou vídeos da vítima também
se perfaz em forma preventiva de possível repetição. É importante mostrar o
arrependimento do agressor e a pena para o delito, por exemplo. Em momento
algum, um homem que agrediu ou matou sua companheira pode ser tratado como
alguém que agiu por amor, aliás, muito pelo contrário. A matéria pode trazer
incentivos aos agressores de que a história trágica poderia ter ocorrido de
modo diverso, com cada qual levando a vida tranquilamente, sem que alguém
tivesse cometido assassinato. Falar que as separações acontecem todos os dias,
minimiza a vontade daquele que não se conforma com o término do relacionamento,
levando-se em consideração que esse é o maior motivo dos homens para cometer
feminicídio contra as companheiras. Expressar corretamente as emoções pode
diminuir problemas que, por ora, são de difícil solução.
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