Prefeitura Itabuna

Câmara

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9 de janeiro de 2019

VEREADOR NÃO PODE SER BAJULADOR

A maioria dos vereadores é "virilhadora":
vive pendurada na virilha do prefeito!
A maioria dos 21 vereadores (eleitos em 2016) teria a tarefa de fiscalizar o prefeito e verificar, por exemplo, como o dinheiro público é aplicado e o por que Itabuna paga para a empresa de lixo, quase o dobro do valor pago por serviços iguais em Ilhéus. O poder legislativo não pode ser subserviente ao executivo. Ele deve se impor em todos os níveis e esta imposição deveria ser regra. Infelizmente isso não ocorre em Itabuna. Os vereadores itabunenses, salvo honrosas exceções, são subservientes ao prefeito Fernando Gomes (Cuma). A Câmara é tal qual uma sucursal, filial da prefeitura. Lá são realizadas umas duas a três reuniões por semana, quase sempre inócuas, tediosas, sonolentas e medíocres. Não se apresenta projetos para melhorar as condições de vida do povo, mas apenas aqueles requerimentos feijão velho com arroz bichado, aqueles ridículos “requeiro à mesa que depois de ouvido o plenário, (…) blábláblá…”. E votos de aplausos, de pesar, títulos de cidadão a três por quatro, pedidos de cascalhamento para a estrada da rua tal, indicação do nome de alguém para agradar a outro alguém e outras bobagens mais. É que muito dos vereadores são como lagartixas: baixam a cabeça a tudo que o alcaide ordena. Ou na verdade nem ordena. Cuma, a bem da verdade, não está nem aí para os vereadores. Por outro lado, fiscalização do executivo é mosca branca na Câmara. Ninguém sabe nem por onde começar. É que falta base legal aos nossos vereadores e muitas vezes os assessores jurídicos preferem se eximir a orientar. Alguns vereadores de Itabuna são saídos da periferia, quase todos com pouca escolaridade. Por outro lado, os distintos vereadores não são cobrados em suas bases. O eleitor depois que os elegem não procura saber dos projetos do seu vereador, muito menos faz alguma reivindicação a este. Limita-se apenas a sugá-lo, como se cobrasse o seu voto. É uma ciranda de interesses sem fim. E para isso cada vereador recebe, por mês, em Itabuna, mais de dez mil reais, fora assessores, parentes e correligionários pendurados em “bicos” chamado pela classe política de cargos comissionados, e tem mais a verba de "diárias", quando viajam a “serviço” e etc e tal, aqui, o “tal” é o famoso “por fora”. O empreguismo é outra moeda de subserviência. É comum ser dada uma cota de subempregos a cada vereador ou empregar a amante, esposa, filho ou quem este indicar em algum órgão público. Como se vê, é um engodo total e a ciranda de interesses só aumenta. Não restam dúvidas em meio à população itabunense de que é preciso melhorar a composição da Câmara. Mais: se isto ainda não nos é possível, a culpa também é do eleitor (a) . É ele (nós) quem vota e elege. Entretanto, é preciso a Câmara investir na Câmara. Abandonar o laço de subserviência ao Executivo. O vereador não deve ser apenas uma figura a bajular o Prefeito, precisa fazer para o povo. Temas dos mais diversos devem ser debatidos em forma de audiências públicas, painéis, seminários, etc. Precisamos de uma Câmara ativa e um público participativo, seja assistindo às sessões, seja levando suas reivindicações e opiniões, afinal de contas é na Câmara que estão nossos representantes. E ainda que a Câmara venha a ter laços de obediência ao poder executivo, o que se espera é que os poderes possam ser harmônicos entre si, e que seja dado o devido valor aos legisladores. Por sua vez, que estes sejam autônomos, e que lhes garantam a personalidade jurídica e o respeito que a função exige: “a de bem representar o povo”. É isso que queremos!

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