Não há como desassociar Rui de Wagner no escândalo da Fonte Nova |
Segundo declarações do deputado federal Paulo Azi (DEM), as investigações da Polícia Federal são muito incisivas e já existem provas sobre corrupção, caixa 2, lavagem de dinheiro, envolvendo o governador Rui Costa (PT) e seu correligionário e antecessor Jaques Wagner, a quem ele chama de "irmãos siameses”. A Operação Cartão Vermelho, da Polícia Federal, indiciou criminalmente o ex-governador Jaques Wagner, o secretário da Casa Civil do Estado da Bahia, Bruno Dauster, e o empresário Carlos Daltro por recebimento de propina para contratação dos serviços de demolição, reconstrução e gestão do estádio Arena Fonte Nova, em Salvador. Durante todo esse período do então governador Wagner, Rui Costa era chefe da Casa Civil do Governo e por isso não há como prosperar a tentativa de Rui se distanciar desse escândalo. É impossível que as tratativas que envolvem e envolveram a Fonte Nova, tenham sido feitas sem o seu conhecimento e a sua participação. Inclusive, a Polícia Federal disse que os recursos, parte deles, eram destinados a campanha eleitoral do sucessor de Wagner. As declarações da delegada Luciana Matutino são “contundentes”, pois “afirmou ter provas do envolvimento de Wagner e consequentemente do atual governador da Bahia”. A Polícia Federal chegou a pedir a prisão temporária dos três indiciados, mas os pedidos foram negados pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), responsável pelos mandados de busca e apreensão que foram cumpridos em órgãos públicos, empresas e endereços residenciais dos envolvidos no esquema criminoso, incluindo a casa do ex-governador da Bahia, Jaques Wagner. De acordo com a Polícia Federal, diversas irregularidades estão evidenciadas no inquérito policial, entre elas fraude à licitação, superfaturamento, desvio de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com as investigações, a licitação que levou a formação da Parceria Público Privada nº 02/2010 para a construção do estádio “foi direcionada para beneficiar o consórcio Fonte Nova Participações – FNP, formado pelas empresas Odebrecht e OAS”. Segundo laudo pericial, a obra foi superfaturada em mais de R$ 450 milhões, em valores corrigidos.
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