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25 de dezembro de 2018

NUNCA HÁ VERBA SUFICIENTE PARA A SAÚDE

Tem verbas na Saúde, que só chega depois da exoneração do secretário!
Na teoria, o SUS – criado quando a Constituição de 1988 reconheceu a saúde como direito de todos e dever do Estado – é considerado por especialistas como dos mais modernos e inclusivos sistemas de saúde do mundo, mas na prática pacientes sofrem com longas esperas e estrutura precária. O fato é que o SUS em si não é um problema, ao contrário, é uma grande solução que o Brasil arrumou. Existe uma discussão se o problema é falta de dinheiro ou problemas de gerenciamento, mas na verdade são as duas coisas. Só pra se ter uma noção dessa situação, em apenas um ano e meio o governo do prefeito Fernando Gomes (Cuma), já estava com seu quinto secretário de saúde. A municipalização da saúde faz que com cidades pequenas não consigam atender corretamente os cidadão, que ficam presos num emaranhado de serviços sem coordenação. Se tivéssemos que escolher uma medida mais urgente para melhorar a saúde pública, acredito que seria melhorar o gerenciamento e a coordenação do sistema. Mas apesar das deficiências ainda sérias, alguns índices mostram avanços importantes na saúde pública brasileira desde que o SUS foi instituído. O exemplo deste fato é a redução da mortalidade infantil que caiu de 50,2 por mil nascidos em 1990 para 19,7 por mil agora. A taxa de expectativa de vida ao nascer também só vem melhorando. Hoje já está em 77 anos. É brasileiro o melhor sistema mundial de tratamento e prevenção de HIV/Aids, IST e Hepatites Virais. Enquanto o setor público investe em saúde 3,4% do PIB, os gastos privados – principalmente com planos de saúde – chegam a 4,5% do PIB. São 170 milhões de pessoas, que dependem do Estado, sendo tratadas com menos recursos do que aquele pelos outros 50 milhões. No Brasil 40% do gasto em saúde é do setor publico e 60% é privado enquanto em outros países de sistema universal, como o Reino Unido, o gasto publico passa dos 80% do total. O Estado também acaba gastando dinheiro com pacientes que têm planos de saúde privados, mas dependem do SUS para procedimentos não cobertos pelos planos. E são justamente os tratamentos mais complexos e caros, como os transplantes.

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