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21 de outubro de 2018

VANE NÃO SUCUMBIRIA SE LESSE E PRATICASSE MAQUIAVEL

Se lessem e praticassem Maquiavel, Vane e Cuma, talvez
não estivessem atualmente como "chute no saco do povo"

É preciso colocar os óculos do tempo para ler O Príncipe, de Nicolau Maquiavel, o filósofo italiano que há mais de 500 anos escreveu a obra na qual detalha como um governante pode chegar e se manter no poder. Seu famoso tratado completou cinco séculos e, em muitos aspectos, continua atual. Não respeitar os conceitos maquiavélicos, sempre resulta em disssabores políticos. Recorro a este fato, para recordar a malfadada oportunidade que tivera o então prefeito Vane do Renascer, em Itabuna. Suas decisões, indecisões e frouxidões, mostraram que um principais conselhos aos governantes foi esquecido por ele: estar atento ao povo. "A um príncipe é necessário ter o povo ao seu lado", insistia ele. "De outro modo, ele sucumbirá às adversidades." Descumprir promessas se preciso, agradar ao povo e saber fazer alianças são exemplos dos ditos do autor - os mesmos, por sinal, que o tornaram tão famoso e incompreendido. Cinco séculos atrás, o filósofo alertava para as sutilezas com que essas ações deveriam ser colocadas em prática. Vane não deve ter lido a parte em que Maquiavel coloca que política é um território traiçoeiro e que nem sempre uma conduta marcada por princípios rígidos leva aos melhores resultados. Vane, então, compreenderia bem quando políticos fazem alianças com partidos com linha ideológica diferente ou quando oferecem cargos em troca de apoio nas eleições. E saberia que o que Maquiavel fez foi chamar atenção para a imperfeição do homem, para o jogo de interesses, apontando essas nuances como refletexo na ação política e administrativa. Vane não conseguiu entender que a continuidade de um governante no poder exigiria mais que alianças e boa retórica e por isso Maquiavel recomendava sensibilidade para reconhecer os anseios do povo. Na prática. O Príncipe foi escrito num período monárquico, de reinados hereditários ou obtidos pelas armas. Ao longo dos seus 26 capítulos, Maquiavel fez comentários como: "Os príncipes devem encarregar outros das ações sujeitas à insatisfação, mas assumir eles próprios aquelas concedentes de deleite ". As práticas descritas no livro tratam de como conquistar e manter o poder. No caso de Itabuna, se pegarmos os últimos governantes, talvez o que não tenha seguido o caminho descrito por Maquiavel tenha sido o evangélico Vane do Renascer. Ele usou suas armas para conquistar o poder, mas não soube se manter no cargo. Vane pecou quando se submeteu à condição de décima quinta pessoa depois de ninguém, ao terceirizar seu governo e fazê-lo chamuscado pelos comunistas. De Maquiavel continua vivo no atual prefeito Fernando Gomes, justamente o que não é dele: "Políticos ainda estão no universo pré-maquiavélico, do apego às técnicas de dominação sem a percepção do que pode ser feito de democracia, de soberania popular. Talvez seja o caso de os políticos, estejam na base ou na oposição, relerem Maquiavel, mas com as lentes do século 21.

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