"Sem o intrujão, não existe o ladrão"! Assim também é numa eleição: "Sem quem vende voto, não há o comprador de voto! |
As pessoas que
vendem votos são corruptas. Não são só os candidatos. Eles são o reflexo do
Brasil que temos hoje, repleto de escândalos e de crises morais e éticas. Se
existe comprador de voto, é porque tem quem venda. E vende barato, uma
pechincha. Vende por qualquer R$ 50,00 ou R$ 100,00 na hora, em troca de mais
quatro anos de sofrimento. Todo mundo tem um preço. E isso fica mais claro para
mim a cada eleição que passo. A nível de democracia e de cidadania, o valor de
cada um é seu voto. Simples assim. Diante das urnas, todos somos iguais. Não importa
se é rico ou se é pobre, não importa a sua cor, raça, credo ou religião. Ali é
só você, a urna, seu dedo e o poder do que ele pode fazer. É lamentável que a
maioria da população ainda não tenha entendido o que motiva o voto, ou pelo
menos o que deveria motivar. Não são interesses privativos, nem deve brotar do
ódio. Não são pedidos de empregos, esmolas e tampouco requisições de
combustível, mas sim a sua consciência de tentar fazer o melhor para a sua
terra. Quem vende o seu voto será o mesmo cidadão que vai estar depois, na
maior cara de pau, reclamando que não tem saúde, que não tem educação, e que
não tem segurança pública que preste. Não tem mesmo. O candidato que corrompeu
o seu voto não terá zelo por nada disso, não fez e provavelmente nem fará melhorias
nestas ou em outras áreas. Só o que ele vai melhorar é sua conta bancária e as
dos seus chegados. Se este é o artifício usado por um político para alcançar o
poder é a compra de votos, ele não presta. Ele é corrupto. Eleito, ele vai só
achar novas formas de rodar os sistemas cíclicos da corrupção entranhados na
nossa política. E o eleitor que se vende será cúmplice nisso. Mas. será que
nestas eleições aprendemos a votar com zelo e sabedoria? Será que tivemos a
noção do valor que tem o nosso voto, e possamos essa lição ao próximo? Se cada
um teve a decência de votar pelas razões certas, então, quem sabe, talvez o
domingo passado, 7 de outubro, tenha se tornado um marco das boas mudanças e do
desenvolvimento econômico e social que o nosso país precisa.
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