Haddad sempre foi quem mais Bolsonaro quis enfrentar |
A
combinação da demonstração de força do candidato à Presidência do PSL, Jair Bolsonaro,
no primeiro turno da eleição presidencial com a onda anti-establishment que
marcou a disputa por vagas no Senado e governos estaduais aumenta as chances de
vitória do capitão da reserva no segundo turno de 60% para 75%, avalia a
consultoria norte-americana de risco político Eurásia. Bolsonaro recebeu 46%
dos votos válidos, e Fernando Haddad (PT) em segundo lugar, teve 29%.
Anteriormente, a empresa chegou a trabalhar com 20% de chances de vitória de
Bolsonaro no primeiro turno. No segundo turno, o aumento da probabilidade de
Bolsonaro ganhar decorre do fato de ele ter ficado muito perto de alcançar a
metade de todos os votos válidos neste domingo (7), justifica a consultoria. Na
prática, ele precisa convencer uma parcela relativamente pequena de eleitores
de outros candidatos, continua a Eurasia. “Mas o ponto é que Haddad agora
enfrenta um caminho difícil pela frente”, acrescenta, pontuando que mesmo que o
petista recebesse todos os votos de Ciro Gomes – o que é uma visão otimista -,
ainda segundo a consultoria, ele alcançaria 41% de apoio contra os 46% de
Bolsonaro. Em relação ao Senado e Câmara, Bolsonaro, caso eleito, Bolsonaro
assume com um conjunto “mais favorável”. “Nós não devemos, contudo, exagerar
quão benéfico isso é para as reformas”, pondera. “Não achamos que Bolsonaro irá
distribuir cargos para construir uma coalizão no Congresso”, conclui a Eurasia.
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