É muita burrice do eleitor votar em quadrúpedes! |
Nada melhor que uma candidatura para fazer o indivíduo ser mais tolerante e tranquilo. É uma campanha em busca de votos, que faz o candidato ser diferente de si mesmo, em conduta arredia, estúpida e de insatisfações. As visitações em domicílio, que são necessárias, resultam em abraços e beijos em crianças e idosos, que nem votam, mas possuem parentes e amigos que são eleitores; as pessoas que sempre foram consideradas como repugnantes, passam a ser tratadas como bons amigos e os inimigos passam a ser alvo de pedidos de perdões e tentativas de reatamento de relações de amizades. Os dias que começavam as 9 horas, passam a ter redução de alvorada e as vezes, antes do sol nascer, o candidato já está na estrada. E acabam o nojo de tomar café e comer farofa em casa de desconhecidos; acaba a cara feia diante dos vizinhos e colegas de trabalho; faz o sorriso hipócrita ser constante e nada há que não possa ser resolvido pelo candidato; ainda que ele seja semi-analfabeto, as melhores propostas de educação estão com ele; se o candidato for doente, terá excelentes ideias para a saúde dos outros; se for um desempregado, apresentará boas propostas de geração de emprego e renda; se for ladrão, defenderá rigor na aplicação da lei contra quem rouba; se for flamenguista, não terá nenhuma repulsa em vestir uma camisa da torcida organizada do Vasco; se tiver dificuldade de ler e escrever, prometerá esforça redobrado para melhorar o ensino público e assim, a conduta do candidato vai sendo diferente do que ele era antes de se candidatar. E todos são assim. Mas quem não deve mudar de comportamento, é o eleitor cuidadoso, que observa o perfil dos políticos e não se deixa ser enganado facilmente. Todavia, não existe nada mais indicado para acalmar as pessoas, que fazê-las serem candidatas a um cargo público. Creio que até Freud, não conseguiria explicar o que descrevi aqui!
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