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| Tiago e Sérgio são apostas que não se apontam como factíveis! |
É natural os filhos optarem por
seguir a profissão dos pais. Por isso, médicos, advogados, engenheiros,
jornalistas, publicitários e tantas outras atividades são exercidas por
profissionais descendentes dos seus progenitores. Se é uma questão genética ou
simplesmente influência, não se sabe ao certo. Alguns especialistas admitem que
assim como a calvície e a cor dos cabelos, filhos e filhas podem herdar dos
pais determinados talentos para as funções por eles praticadas. Quem de nós não
conhece vários desses procedentes de uma família de vitoriosos profissionais no
exercício da atividade similar? Conhecemos muitos. Mas, para ser especialista
naquilo que faz é preciso estudar, frequentar a escola até conquistar a
faculdade, pós-graduação. Ir mais além, se for de sua vontade, encarar um
doutorado. Tem pesquisa que aponta os filhos mais velhos com mais tendência a
seguir a carreira e o estilo de vida dos genitores. Diferentemente desse
processo natural de opção pela profissão que vai definir o futuro estão os filhos
de políticos. Em geral, são seguidores ou sucessores completamente desprovidos
de qualquer competência para exercer a missão de representar o eleitorado,
infelizmente! Inspiram-se nas facilidades e mordomias que acompanham suas vidas
desde o berço. Escola? A escola é apenas uma satisfação para a sociedade ao
tempo em que ostentam ares de superioridade e arrogância quando as frequentam.
É comum aos que foram “educados” na universidade dos “sabe com quem está
falando?” Claro que existem exceções nesse universo de poderosos. Aqui e acolá
pode até surgir um descendente com juízo, coração e cabeça para pensar na nobre
missão de representar com dignidade a família na missão que lhe é confiada. Da
família, sim, porque tem eleitores que votam nos mesmos sobrenomes por décadas.
A ignorância é tanta que não se dão conta de que veneram o “satã” disfarçado de
anjo! Um profissional liberal, capacitado pelos anos frequentando as bancas
escolares até a formação superior sabe o que representa o valor do trabalho.
Reconhece o sacrifício dos pais que labutaram anos a fio incansavelmente para
dar-lhe o sustento e custear seus estudos. Já dizia o saudoso professor e
sociólogo, Selem Rachid Asmar: “As facilidades iludem e enfraquecem, as dificuldades
ensinam e fortalecem”. Para a cambada de jovens herdeiros dos clãs, não sei se
as facilidades os enfraquecem ou simplesmente engordam suas contas bancárias! O
poder político é o caminho mais fácil para preservar e afortunar o patrimônio hereditário.
Pelo voto de cabresto, truculência ou em troca da distribuição de migalhas,
famílias se perpetuam no poder, transferem para os sucessores os maus costumes
e vícios de trabalhar pouco e enganar muito. Em Itabuna os pais não tem
conseguido sucesso com seus filhos candidatos. Tanto que os primogênitos de
Geraldo Simões (Cabeça de Pitu), Tiago Feitosa e de Fernando Gomes (Cuma),
Marcos Gomes, não conseguiram êxitos em suas tentativas de serem deputados
estaduais. Ao arriscar ampliar os espaços de cargos eletivos, Geraldo acabou perdendo
o que ele mesmo possuía e atualmente tenta conseguir se eleger para o cargo
menor que possuía antes do “projeto de família” e as expectativas, é que não
conseguirá metade dos votos necessários. Já Cuma, teima em tentar ter o cargo
de deputado estadual, que ele não conseguiu conquistar. Difícil imaginar que
nesse mundo de ambições ilimitadas exista uma vocação para defender uma
sociedade igualitária e não fazer da política um meio de vida fácil.
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