Sem polícia suficiente, o itabunense está preso em domicílio! |
Quando alguém pesquisa sobre as cidades brasileiras mais violentas, encontra Itabuna entre as 20 onde há mais vulnerabilidade para jovens e onde os homicídios são quase diários. E por que a violência está incorporada na realidade cotidiana itabunense? Poderíamos destacar carências de políticas públicas de educação e capacitação profissional para os jovens. Também poderíamos culpar a voracidade das facções criminosas e impetuosidade do tráfico de drogas. E não negligenciaríamos se apontássemos as omissões das organizações não governamentais e as próprias famílias dos delinquentes como responsáveis pelo flagelo humanitário a que Itabuna está submetida. Todas essas explicações estão no trivial das falas dos governantes, políticos e da absoluta maioria da população. Todavia, a causa principal desse drama, está na ausência do Estado em Itabuna. Há mais de onze anos o governo baiano não constrói uma só sala de aula e o número de policiais militares neste mesmo período, foi reduzido a um terço do seu contingente em Itabuna. Nos últimos cinco anos, seis postos policiais foram fechados e há décadas a cidade não tem implantada uma só fábrica. Neste contexto estão causa e efeito da violência em Itabuna. Mas como assegurar tranquilidade para os itabunenses, se cada policial acaba tendo que fazer o trabalho de três colegas e o número de viaturas é menos de um terço do que são necessárias? Isto nos faz concluir, que Itabuna está menosprezada pelo governo estadual e com uma estranha sensação de não ter polícia. Para constatar este fato, basta transitar pela avenida do cinquentenário, para ver que em toda sua extensão não serão encontrados mais que quatro a seis policiais militares garantindo a segurança da mais importante via pública de Itabuna. São quatro a seis "bois de piranhas" e heróis, que não nos dão a convicção de que estejamos seguros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.