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Câmara Itabuna

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25 de julho de 2018

TER DIREITOS PRESSUPÕE TER ACESSO A ELES

Não há respeito ao direito, quando seus acessos são negados! 

Quase todos os dias tem empresas deixando de operar em Itabuna. Este fato provoca tristeza na maior cidade sulbaiana onde, na verdade, estas falências não são tão raras e geral centenas de desempregados. Placas de aluga-se e vende-se são vistas por várias ruas do local que já teve um movimento absurdo. Só na avenida do Cinquentenário, contei 26 pontos comerciais com placas de alugar-se e vende-se. Muitas empresas e indústrias lutam para ficar, mas quem sabe até quando vai a história de cada uma. Histórias que se repetem no centro de Itabuna e seus bairros de periferia. Comércios fechados são vistos por toda a cidade. Muitos tomados por usuários de drogas, prédio destruídos, depredados. Dos anúncios dos amigos que estavam abrindo um negócio e o pedido para que divulgassem, hoje os pedidos são, na maioria das vezes, para avisar se souber de um emprego. Mas os anúncios de emprego são cada vez mais raros. Mesmo que os números não mostrem, os fatos indicam que as coisas não andam lá nada muito bem. Pelo menos para a parcela que não é mais rica da sociedade. Cada vez que uma empresa fecha não perdem o emprego apenas os funcionários ligados a ela. São muitos os empregos indiretos que sofrem a pancada também. E os reflexos vão muito além dos funcionários que perdem o emprego. Eles chegam às famílias. Sem um salário, um trabalhador não consegue manter a família estruturada. Contas vencendo, dívidas e mais dívidas, empréstimos. Uma realidade de muitas famílias que, por vezes, acabam se desfazendo. Os empresários cobram o governo. Cobram uma carga tributária mais justa, menos burocracia, incentivos, entre outras questões fundamentais para que possam continuar com suas atividades, garantindo empregos e geração de renda. O governo diz que já fez e faz demais. Só que se alguma coisa a mais não for feita, mais empresas vão fechar, mais trabalhadores ficarão sem emprego, menos renda será gerada. É um ciclo perigoso. O homem precisa trabalhar. Precisa levantar cedo e ter funções para cumprir. Ir para o serviço, ter suas tarefas e cumpri-las. Sem deveres, compromissos, o que se torna o ser humano? Sem dinheiro, sem função, sem compromissos, cresce a criminalidade. É uma questão de lógica. Todos precisam comer, vestir, morar. Infelizmente, a realidade não é essa. Aquele lindo texto, chamado de Constituição Federal, que diz que todos são iguais perante a lei, que todos têm direito à saúde, educação e segurança, está tão arcaico, que parece do século passado. Ter direito é ter acesso. Direito no papel não é direito, é falácia. Direito é chegar ao hospital e ser atendido, bem atendido. É ter seus filhos na escola estudando. É não ter sua casa invadida, seu carro levado. É ter um emprego digno para pagar suas contas e viver em paz com sua família. E, para tudo isso, a sociedade precisa que as empresas, indústrias e comércio continuem de portas abertas. Claro que muitos têm lições a apreender em relação aos trabalhadores, mas o primeiro passo é que a renda continue sendo gerada.

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