A maioria dos partidos é tal qual quadrilhas de roubo do erário! |
Todo o imbróglio político do país está relacionado com a natureza da maioria dos partidos que atuam nos moldes de máfias ou balcões de negócios. É comum ver os políticos defendendo suas legendas, afirmando que não se pode generalizar, mesmo admitindo que setores do partido são realmente problemáticos. A divisão partidária costuma ser a desculpa dos políticos quando tentam justificar práticas nada abonáveis. A parte suja do 'negócio' fica com uma turma, enquanto a outra tenta parecer limpinha. Os escândalos envolvendo negociatas por ministérios, por apoio a projetos que costumavam tender doações milionárias e outras votações importantes envolveram praticamente todos os partidos ao longo das últimas décadas. Isto sem contar os esquemas de compra direta de partidos e de parlamentares no escândalo do mensalão, os repasses milionários à legendas feitos por empresas como a JBS, Odebrecht e outras tantas envolvidas nos esquemas criminosos revelados pela Operação Lava Jato. Além dos milhões originários de doações 'legais' que abarrotavam os cofres dos partidos, há ainda o bilionário fundo partidário. É através do gerenciamento destes recursos que os dirigentes dos partidos premiam os candidatos mais alinhados com as políticas partidárias. Praticamente todos os políticos do Brasil pertenceram a partidos como PP, PMDB, PT, PSDB, PTB, PDT, PR, DEM, etc. Nos meses que antecedem as eleições, é comum a dança partidária, onde muitos migram para legendas que oferecem mais vantagens ou estão menos desgastadas perante a opinião pública. Ultimamente, alguns dirigentes partidários, responsáveis pela interlocução da legenda com empresários e com outras forças políticas, controlam suas legendas com mão de ferro e ignoram até mesmo as convenções para a escolha de candidatos. Em muitos casos, não há Democracia nem mesmo dentro dos partidos. Ser dono de um partido é um ótimo negócio no Brasil. Para que um cidadão honesto ingresse na política, ele precisa se submeter a um partido e o crivo de seus dirigentes, filiados e políticos. No Brasil, não existe candidaturas independentes, o que poderia significar a única alternativa para a renovação da classe política e democratizar o acesso aos cargos eletivos no País. Para se candidatar a um cargo eletivo no Brasil é preciso estar filiada/o a um partido político, regra que está vigente desde o Código Eleitoral de 1945. Apesar de várias iniciativas no sentido de valorização da participação do cidadão de bem no processo político, os partidos atuam para assegurar a manutenção de máquinas partidárias, que em muitos casos operam em defesa de interesses privados. Os filtros dos partidos inibem o ingresso de cidadãos com ideias arejadas e independência política. Para passar pelo crivo dos dirigentes partidários, o sujeito precisa estar ligado a algum movimento de grande representatividade, seja em número de pessoas ou em possíveis apoios financeiros. O corporativismo é visto como uma qualidade e vantagem competitiva. A preferência dos partidos recais sempre para representantes de entidades, seja uma associação de moradores, um sindicato ou representantes de grupos coesos. Graças aos partidos, o cidadão comum definitivamente não tem vez na política. É praticamente impossível furar o bloqueio perversos das organizações partidárias.
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