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30 de julho de 2018

DOAR É UM ATO DE AMOR AO SEMELHANTE DESCONHECIDO

É a intenção, e não a doação, que faz o doador!

Durante uma palestra que assisti recentemente e Salvador, um homem alto e de voz firme entrou na sala para dar um recado aos presentes ali. Eu era um dos ouvintes. O homem tinha uma proposta simples: seja doador de medula óssea. Ele falou por alguns minutos sobre o procedimento e de como aquele gesto poderia salvar vidas. Por algum motivo, eu adquiri um tipo de pavor à agulha ao longo da vida. Eu sei que é um medo bobo, mas é real para mim e realmente me incomoda. Ouvir aquele homem citar nomes, falar de pacientes que ele conhece e esperam por um doador compatível me encheu de compaixão. Muitos dos que estão na fila de espera são crianças. Pensei muito antes de preencher a ficha cadastral, pois é preciso estar ciente que aquilo é algo importante. Digo isso, porque já soube de pessoas que desistem ao serem chamadas para fazer a doação. Essa atitude tira a esperança e a chance dos pacientes que tanto precisam. Com as mãos suadas e um pouco de nervosismo, eu preenchi a ficha e fiz a coleta de sangue para me colocar no cadastro nacional de doador de medula óssea. Estava assustado, mas não recuei um passo se quer. O transplante de medula óssea é um procedimento rápido, como uma transfusão de sangue. Sabendo disso, não há o que temer. Essa medula coletada é rica em células chamadas progenitoras que, uma vez na corrente sanguínea, circulam e vão se alojar na medula óssea, onde se desenvolvem. Depois de passar pelo tratamento, que destruirá sua própria medula, o paciente receberá as células da medula sadia de um doador, que pode ser eu ou você. Esse procedimento acontece sem nenhum custo para o doador. Se você ainda não é cadastrado, procure o Hemocentro em Salvador e o faça. Eles vão coletar um pouquinho de sangue para ser analisado. Não é preciso estar em jejum. Seja um doador. Afinal, a vida tem mais sentido quando ajudamos uns aos outros.

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